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Publicado em 11 de agosto de 2025 às 14:05
O mandante do assassinato do empresário Wallace Borges Lovato, morto em junho deste ano na Praia da Costa, em Vila Velha, chegou a tentar acusar a vítima de fraude tributária, segundo o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Daniel Fortes.>
Bruno afirmou à Polícia Civil que haveria indícios de fraude tributária e emissão irregular de notas fiscais por parte da empresa de Wallace. No entanto, a análise do celular da vítima não revelou nenhuma evidência nesse sentido.>
Daniel Fortes
Chefe da DHPP Vila VelhaO delegado afirmou ainda que Bruno Valadares tentou atribuir a responsabilidade a Wallace, mas a Polícia Civil identificou, no celular do empresário, mensagens dele cobrando o diretor financeiro sobre questões financeiras relacionadas à Globalsys.>
Daniel Fortes
Chefe da DHPP Vila VelhaAlém disso, Bruno Valadares chegou a procurar a Polícia Civil quando acreditou que o intermediário Bruno Nunes havia sido preso. Na ocasião, enviou um advogado para justificar que teria feito pagamentos ao homem a pedido de Wallace. No entanto, a polícia reforça que não há evidências que sustentem essa alegação. Para a Polícia Civil, ele tentou criar um álibi caso seu nome surgisse nas investigações. >
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Romualdo Gianordoli Neto
Subsecretário de Inteligência da SespA defesa de Bruno Valadares – apontado como mandante do assassinato – alegou, em nota, que ele é inocente e que há fatores não compreendidos envolvendo o suposto esquema de desvio financeiro. >
Defesa do diretor | Na íntegra
“A Assessoria Jurídica Pires & Pinho informa que representa o Sr. Bruno Valadares de Almeida e declara, de forma veemente, a sua inocência em relação ao crime de homicídio que lhe foi imputado.
Por respeito ao devido processo legal e ao trâmite do procedimento no âmbito do Poder Judiciário, não serão prestados esclarecimentos adicionais, além dos mencionados a seguir:
O agora réu, Bruno Valadares de Almeida, vem buscando constantemente esclarecer tudo o que sabe sobre o caso.
Conforme noticiado na imprensa, existiu, sim, um mecanismo de não comunicação financeira que não só envolvia o denunciado, mas também outros agentes — e isso ele vem denunciando repetidamente, porém não é devidamente compreendido.
O denunciado clama por sua inocência e vê, na imputação criminal que lhe é feita, uma solução fácil e simplista para o caso, tese que será amplamente refutada pela defesa.
Demais informações serão oportunamente divulgadas, conforme o regular andamento do processo e as decisões que forem sendo proferidas pela Justiça.”
O empresário foi morto no dia 9 de junho deste ano, ao sair da empresa Globalsys, fundada por ele. Na ocasião, uma câmera de segurança flagrou o momento em que suspeitos em um carro dispararam uma única vez, na nuca de Wallace, e fugiram. O motorista do veículo usado no crime foi o primeiro a ser preso: Arthur Laudevino Candeas Luppi, capturado em Minas Gerais, no dia 17 de junho.>
Dois dias depois, mais uma prisão: Arthur Neves de Barros, de 35 anos, suspeito de ser o atirador, foi capturado em Sumé, na Paraíba. No dia 23 de junho, Eferson Ferreira Alves, apontado como intermediário, foi até a Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, acompanhado de um advogado, e se entregou. >
No dia 12 de julho, o diretor financeiro da Globalsys, fundada por Wallace, foi preso. Bruno Valadares de Almeida, de 39 anos, estava em casa, no bairro Jardim Colorado, em Vila Velha. No local foram apreendidos notebook, celular, joias, dinheiro e duas armas.>
Um quinto suspeito de envolvimento no crime segue foragido. Conforme a coluna Vilmara Fernandes, de A Gazeta, divulgou no último dia 8, Bruno Nunes da Silva seria responsável pela organização da logística do crime e pela intermediação com os outros quatro suspeitos de participar do assassinato.>
Veja mais sobre o assunto:
- Os detalhes da investigação que elucidou assassinato do empresário Wallace Lovato;
- O que fez e quanto recebeu cada um no assassinato de empresário na Praia da Costa;
- Viagem à Disney e cirurgia de papada: o caminho do dinheiro desviado de empresa no ES;
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