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Maioria dos deputados do ES perde eleição para prefeito e continua na Assembleia

Maioria dos deputados do ES perde eleição para prefeito e continua na Assembleia

Dois deputados estaduais disputam o segundo turno nas eleições 2020. Outros oito foram derrotados nas urnas. Um deputado federal também está no segundo turno. Veja os nomes

Publicado em 17 de novembro de 2020 às 18:09

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Deputados estaduais foram candidatos nas eleições 2020 mas não tiveram sucesso nas urnas
Deputados estaduais foram candidatos nas eleições 2020, mas não tiveram sucesso nas urnas. (Montagem/Ales)
Maioria dos deputados do ES perde eleição para prefeito e continua na Assembleia

As urnas não foram generosas com oito dos 11 deputados estaduais que disputaram prefeituras em municípios do Espírito Santo. Eles tentaram ser eleitos em VitóriaVila VelhaSerraGuarapari e Linhares. Apesar da derrota, não têm muito o que perder. Eles foram eleitos em 2018, assumiram o mandato no início de 2019 e agora continuam nas cadeiras de deputado estadual até 31 de janeiro de 2023. A maioria não se licenciou para fazer campanha, tentando conciliar as duas agendas: a de candidato e a de deputado.

Seguiram para o segundo turno apenas os deputados Euclério Sampaio (DEM), que concorre em Cariacica, e Lorenzo Pazolini (Republicanos), que disputa em Vitória. Ambos foram os mais votados em cada município. Em comum também têm o partido adversário. Euclério vai enfrentar Célia Tavares e Pazolini, João Coser. Célia e Coser são filiados ao PT.

Dos 11, apenas um já saiu vencedor: Enivaldo dos Anjos (PSD). O deputado vai deixar seu quinto mandato na Assembleia para assumir a Prefeitura de Barra de São Francisco, a qual conquistou com mais de 15 mil votos, 69,07% dos votos válidos. Quem assume a vaga no parlamento é o 1º suplente, o ex-deputado estadual Luiz Durão (PDT). Durão chegou a ser preso em flagrante em 2019, acusado do crime de estupro, mas foi absolvido em segunda instância na última quarta-feira (11).

A Serra foi a cidade mais disputada por parlamentares estaduais. Concorreram lá Vandinho Leite (PSDB), Alexandre Xambinho (PL) e Bruno Lamas (PSB), nenhum foi para o 2º turno. O vereador Fabio Duarte (Rede), candidato apoiado pelo atual prefeito, Audifax Barcelos (Rede), enfrenta no próximo dia 29 o deputado federal Sergio Vidigal (PDT).

Vandinho recebeu 35.838 votos (16,87%). Xambinho teve 11.931 (5,62%) e Bruno Lamas, 10.899 (5,13%). Bruno foi o único parlamentar que pediu licença para se dedicar à campanha.

Hudson Leal (Republicanos) foi o único deputado estadual que concorreu à Prefeitura de Vila Velha. Durante a pré-campanha, e até nas convenções partidárias, seus colegas de Assembleia Dr. Hércules (MDB) e Rafael Favatto (Patriota) também se colocavam na disputa, mas as candidaturas acabaram não se confirmando. Hudson, no entanto, não teve o apoio de nenhum dos dois companheiros de Casa, que optaram por ficar com Neucimar Fraga (PSD). Neucimar ficou em 3º lugar na disputa.

Hudson acabou em 6º, com 6.499 votos, o que  representa 3,2% dos votos válidos.

A BRIGA PELO 2º TURNO EM VITÓRIA

Quem acompanha as sessões da Assembleia Legislativa pode perceber que, por mais que em alguns momentos os deputados discordem e se ataquem, no geral o clima é amistoso. Mesmo em momentos de tensão, os parlamentares se dirigem uns aos outros como "vossa excelência" e é comum ver piadas e brincadeiras que rendem risadas de todos, independentemente do espectro político. 

O clima não foi o mesmo entre os deputados que disputavam a Prefeitura de Vitória durante a propaganda de TV e rádio. Pazolini (Republicanos) e Gandini (Cidadania), que não tinham embates marcantes no plenário, trocaram farpas e acusações durante a campanha eleitoral, ainda que não no parlamento. 

A disputa foi acirrada até o final. Pazolini foi para o segundo turno com 53.014 votos  (30,95%) e Gandini, com 36.172 (21,12%) acabou ficando fora da disputa. Quem enfrenta Pazolini na segunda etapa é o ex-prefeito João Coser (PT).

Quem também concorreu na Capital foi o deputado Capitão Assumção (Patriota). Colocando-se como o candidato bolsonarista na disputa, ele teve 7,22% dos votos válidos, somando 12.365 votos. 

CAMPANHAS SEM SUCESSO NO INTERIOR

Houve, ainda, deputados concorrendo em outros municípios. Carlos Von (Avante) tentou pela terceira vez conquistar o cargo de prefeito de Guarapari, mas perdeu para o atual prefeito, Edson Magalhães (PSDB). Edson teve  23.068 votos (36,76%) e Von,  20.453 (32,60%). O parlamentar também concorreu em 2012 e 2016.  Em 2016, perdeu por 154 votos.

Já em Linhares, Marcos Garcia (PV) entrou na corrida pela prefeitura da cidade, mas o atual prefeito, Guerino Zanon (MDB), que já despontava como favorito, venceu com 54,44% dos votos.

Marcos Garcia teve pouco mais de 7 mil votos (9,4%). Foi a primeira vez que ele disputou a prefeitura.

A deputada federal Norma Ayub (DEM) também não conquistou a prefeitura de Marataízes. Foi a primeira vez que ela concorreu ao cargo de prefeita no município, mas não a primeira experiência disputando prefeituras. Ela foi prefeita de Itapemirim, outra cidade do Sul do Estado, por dois mandatos (2004 a 2012) e em 2016 tentou voltar ao cargo, sem sucesso. 

Casada com o deputado estadual Therodorico Ferraço (DEM), que tem grande influência na política da região, a candidatura de Norma não engatou e ela ficou em 3º lugar na disputa, com 5.421 votos (23,05%). A eleição, inclusive, não teve um bom resultado para Ferraço. Seu apadrinhado político Diego Libardi (DEM) também perdeu em Cachoeiro de Itapemirim, onde teve 17,74% dos votos.

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