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Publicado em 24 de novembro de 2025 às 17:00
Com planejamento de aplicar R$ 3 bilhões para a construção de escolas e creches e investir em áreas ligadas à mobilidade urbana, segurança pública e ao enfrentamento às mudanças climáticas, a Prefeitura de Vitória lançou um pacote de diretrizes para projetos em todas as regiões do município até 2030. Batizado de Plano Vitória 2030, o projeto também visa, entre outros tópicos, à atração de investimentos, à ampliação de ações ligadas à saúde pública e ao fortalecimento de políticas ambientais na Capital.>
Segundo a gestão municipal, o planejamento foi montado com base em audiências públicas e consultas a especialistas para detalhamento de objetivos prioritários e de desafios da cidade. Entre os investimentos, estão aportes em ações já anunciadas, como a construção do Mergulhão de Camburi, as obras do Mirante do Bonfim, a reurbanização da Avenida Beira-Mar e outras que devem ter o pontapé inicial até 2030.>
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“Esse é um plano estratégico baseado em fatos e dados que trazem a visão de futuro no município. A partir disso, com diagnósticos, temos detalhamento sobre onde estamos e o que queremos alcançar”, explica Regis Mattos Teixeira, secretário responsável pela pasta de Gestão e Planejamento em Vitória.>
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Segundo o secretário, mais de 80% dos R$ 3 bilhões do pacote — cerca de R$ 2,4 bilhões — são de recursos próprios da prefeitura. O restante do montante é fruto de operações de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Caixa Econômica Federal.>
“Muita coisa está em fase de elaboração e planejamento para valores e prazos, já que é uma carteira diversificada de ações. Mas, em destaque, nós temos trabalhos de terraplanagem no terreno da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vitória, em Forte São João, e unidades básicas de saúde em construção em Santo Antônio e no bairro Grande Vitória, por exemplo”, pontua Régis.>
O planejamento é dividido em quatro tópicos principais: Dinâmica, Acolhedora, Mais Qualidade de Vida e Conectada e Participativa. Por meio deles, estão definidos trabalhos para, por exemplo, impulsionar o ambiente de inovação, ciência e tecnologia em Vitória; ampliar o acesso da atenção primária à saúde; melhorar o desempenho da educação básica; preservar e recuperar áreas verdes; e investir em ações para o fortalecimento da transparência da gestão municipal. >
Na carteira do planejamento, estão mais de 180 projetos como a ampliação e a construção de unidades básicas de saúde (UBS), construção de escolas municipais de ensino fundamental e de centros de educação infantil e requalificação das orlas do município, contando com mais aportes em trabalhos já iniciados, como em Andorinhas e no Canal de Camburi.>
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Também está prevista a reurbanização de praças, a implantação de projetos de ampliação e conexão de ciclovias, ampliação da cobertura vegetal com plantio de árvores, melhorias no sistema viário e obras de macrodrenagem em áreas alvo de alagamentos, como Jucutuquara e Ilha de Santa Maria.>
Os principais desafios que a gestão pode enfrentar nos próximos anos com o andamento do plano, avalia Regis, estão em mudanças no cenário econômico nacional, como a reforma tributária, que podem prejudicar o repasse dos valores para os projetos>
“Com o novo sistema tributário, começaremos a sentir os principais impactos a partir de 2029 nas finanças municipais, mas temos no plano estratégico ações que ditam questões econômicas”, pondera.>
Ainda no contexto de desafios, a geologia do território da Capital também pode dificultar determinados trabalhos em áreas de morros e aterros, por exemplo.>
“Tudo demanda uma série de estudos constantes em todas as áreas da cidade para mitigar riscos e, por isso, fazemos trabalhos para contenção de encostas e para a preparação contra as mudanças climáticas”, completa o secretário.>
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