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Sobe e desce: como ficam os partidos no ES após resultado das eleições

Sobe e desce: como ficam os partidos no ES após resultado das eleições

MDB não elegeu nenhum candidato no Espírito Santo nas eleições gerais deste ano e ficará sem representante na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional pela primeira vez desde a redemocratização

Publicado em 8 de novembro de 2022 às 17:12

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O MDB quase sumiu do ES após as eleições 2022; já PL e Republicanos elegeram mais representantes
O MDB quase sumiu do ES após as eleições 2022; já PL e Republicanos ganharam representantes. (Geraldo Neto)
Ednalva Andrade
Repórter / [email protected]

As eleições de 2022 chegaram ao fim com um resultado nada animador para o MDB no Espírito Santo. Maior partido em número de filiados no Estado, saiu das urnas sem eleger nenhum representante para o Legislativo ou Executivo estadual e, a partir de 2023, ficará sem representante no Congresso Nacional.

Conforme dados de filiação referentes a 2022, 86,5% dos filiados ao MDB no Espírito Santo estão no partido há mais de dez anos. Outros 8,44% têm entre cinco e dez anos de filiação. Isso significa que mais de 94% dos 35.937 que engrossam as fileiras do partido no Estado estão na sigla nas últimas três eleições, conforme estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Apesar disso, o MDB não conseguiu transformar esses números em sucesso nas urnas, nem ao menos lançar chapa para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados e não terá um representante no Senado a partir de fevereiro de 2023, já que a senadora Rose de Freitas (MDB) foi derrotada na disputa pela única vaga ao cargo nas eleições de outubro. Desde 1986, quando Gerson Camata foi eleito senador pelo MDB, o partido mantinha representante no Senado. Em alguns momentos, teve dois dos três senadores capixabas. 

Sobe e desce como ficam os partidos no ES após resultado das eleições

Em número de eleitos, o auge do MDB (antigo PMDB) no Espírito Santo foi nas eleições municipais de 2008, quando o partido elegeu 131 representantes, sendo 22 prefeitos e 109 vereadores.

Nas eleições gerais, os anos de maior sucesso nas urnas foram 2006 e 2010.  Em ambas, a legenda saiu das urnas com oito eleitos, sendo que no primeiro ano o governador Paulo Hartung foi reeleito pela sigla — ele foi eleito em 2002 pelo PSB e migrou para o então PMDB em 2004 —, que ainda obteve quatro cadeiras na Câmara dos Deputados e três na Assembleia Legislativa. No pleito seguinte, elegeu um senador, dois deputados federais e cinco estaduais.

A partir de 2012, o partido foi encolhendo nas eleições municipais, mas ainda foi o mais bem sucedido nas urnas no Estado. A sigla voltou a eleger oito representantes em 2014, quando Hartung foi novamente eleito governador e Rose de Freitas garantiu a vaga ao Senado. Das eleições seguintes em diante, o partido foi minguando até chegar a 2022 sem conseguir eleger nenhum representante. 

Outro partido que também caiu em número de representantes foi o PSDB, que  já governou o país por dois mandatos e passou a ter número de eleitos em nível nacional equivalente a um partido nanico: foram apenas 13 deputados federais eleitos em 2022. No Espírito Santo, a legenda elegeu o vice-governador Ricardo Ferraço e dois deputados estaduais (Vandinho Leite e Mazinho dos Anjos). Antes, tinha quatro representantes na Assembleia Legislativa.

Os partidos que se deram bem em 2022

Na contramão do MDB e PSDB, partidos como PL e Republicanos saíram das urnas em 2022 avançando em número de representantes no Espírito Santo.  Partido do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, o PL garantiu a maior bancada na Assembleia a partir de 2023, com cinco deputados estaduais, e ainda elegeu um representante para a Câmara dos Deputados.

Já o Republicanos deu continuidade ao sucesso iniciado nas eleições municipais de 2020, quando foi um dos partidos que mais elegeram prefeitos no Espírito Santo: 10, incluindo o da Capital, Lorenzo Pazolini. Em outubro deste ano, o Republicanos garantiu duas vagas na Câmara dos Deputados ao reeleger Amaro Neto e eleger Messias Donato, além de quatro vagas na Assembleia Legislativa, entre as quais o mais votado da história, o ex-prefeito de Colatina Sérgio Meneguelli

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