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Publicado em 26 de maio de 2021 às 20:23
A agenda do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Espírito Santo já tem local definido, segundo a deputada Soraya Manato (PSL). A parlamentar participou de duas reuniões nesta quarta-feira (26) com assessores do presidente, no Palácio do Planalto. Ela afirma que Bolsonaro deverá desembarcar no Estado à tarde, por volta das 14h, e cumprirá agendas em São Mateus e em Vitória. A visita está prevista para o dia 11 de junho.>
Segundo a deputada, o primeiro compromisso será em São Mateus, para a entrega de 434 casas do extinto programa Minha Casa, Minha Vida, rebatizado de Casa Verde e Amarela, no bairro Aroeira. As obras do empreendimento se arrastam há mais de 10 anos, conforme já noticiou A Gazeta.>
"Ele terá uma agenda pela manhã com a Marinha e depois virá para o Estado. A visita a São Mateus deve acontecer primeiro, porque as condições de pouso lá são mais favoráveis durante o dia. Lá será a agenda principal. Depois, ele vai seguir para Vitória e fará um sobrevoo nas obras do Contorno do Mestre Álvaro, na Serra", disse Soraya Manato.>
Ainda estão sendo definidas as autoridades que deverão estar no palanque com Bolsonaro. Foi definida uma comissão da bancada capixaba no Congresso, com Soraya, Josias da Vitória (Cidadania) e Neucimar Fraga (PSD) para dar apoio à visita.>
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Como o presidente não pisou no Espírito Santo desde que assumiu o mandato, assessores do presidente manifestaram o desejo de promover um encontro dele com seus apoiadores na Capital. Bolsonaro teve boa votação no Estado, alcançando 63% dos votos válidos no segundo turno das eleições de 2018.>
"Foi sugerido a Praça do Papa, por ser mais aberto e ter local de pouso de helicóptero, se necessário. Mas é provável que o presidente prefira ir desfilando em carro aberto, em um trio ou em um carro do Corpo de Bombeiros. Ainda não está definido", revela a parlamentar.>
Uma semana antes da chegada, a comissão de segurança que acompanha o presidente virá ao Estado para avaliar a logística da visita. A forma como o presidente vai se deslocar também está sendo definida. Segundo Soraya, não há horário estipulado para ele deixar o Estado.>
"O lado bom, para nós, é que será em uma sexta-feira. Ele não tem agendas depois e poderá ficar no Estado até a hora que ele quiser, até de noite", comenta.>
Outras agendas em Linhares, Cachoeiro de Itapemirim e Venda Nova do Imigrante chegaram a ser estudadas. No entanto, devido ao curto período da passagem do presidente pelo Estado, essas opções devem ser descartadas, ainda segundo Soraya.>
Procurada pela reportagem, a assessoria do Palácio do Planalto disse que a viagem ainda não consta na agenda do presidente, algo que só deve acontecer nos próximos dias. >
A provável visita de Bolsonaro ao Estado acontece após pressão de aliados. Após reportagem de A Gazeta do último dia 12 de maio registrar que o Espírito Santo é o único Estado que Bolsonaro ainda não visitou durante o mandato, parlamentares alinhados ao presidente, como Evair de Melo (PP), Soraya Manato (PSL) e Neucimar Fraga (PSD) "cobraram" publicamente uma viagem a terras capixabas.>
Em vídeos publicados pelos políticos aliados em suas redes sociais, o próprio presidente afirma que está devendo uma visita aos capixabas. "Está faltando o Espírito Santo. Eu reconheço", disse Bolsonaro em gravação divulgada por Neucimar. "É um Estado que me deu uma grande apoio nas eleições e esteremos juntos, brevemente, se Deus quiser", complementou. >
Jair Bolsonaro tem intensificado suas visitas aos Estados nas últimas semanas. Na última quinta-feira (20), ele esteve no Maranhão e no domingo (23) no Rio de Janeiro. Nas duas agendas, houve aglomeração de apoiadores, muitos deles sem máscaras. No Estado governado por Flávio Dino (PCdoB), o presidente foi multado por não utilizar o equipamento de proteção contra a Covid-19 no evento.>
A passagem polêmica pelo Rio de Janeiro ocorreu três dias após Bolsonaro dizer em live que voltou a ter sintomas da Covid-19. A administração municipal estimou que participariam do evento de 10 mil a 15 mil pessoas. Prefeito da cidade, Eduardo Paes (MDB), decidiu não multar o presidente e disse que “o povo avaliaria se ele deveria ser multado”.>
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