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Governo do Maranhão autua Bolsonaro por não usar máscara e gerar aglomeração

Governo do Maranhão autua Bolsonaro por não usar máscara e gerar aglomeração

Presidente, que terá 15 dias para apresentar sua defesa, participou de evento na cidade de Açailândia, na quinta (20). Um dia depois, Estado confirmou os primeiros casos da cepa indiana

Publicado em 21 de maio de 2021 às 20:36

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Presidente Jair Bolsonaro, em visita ao Maranhão
Presidente Jair Bolsonaro, em visita ao Maranhão. (Isac Nóbrega/PR)

O governo Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, autuou nesta sexta-feira (21) o presidente Jair Bolsonaro por gerar aglomeração com mais de cem pessoas sem controle sanitário em meio à pandemia da Covid-19 e por não usar máscara de proteção facial em evento em Açailândia, a 560 km de São Luís.

O presidente terá 15 dias para apresentar a sua defesa. Depois disso, deve ser estabelecida a multa pelo descumprimento das regras sanitárias.

No Twitter, o governador Flávio Dino comentou sobre o auto de infração e disse que "a lei é para todos". "O presidente da República deve observância à legislação federal e estadual. Está em vigor uma norma proibindo eventos acima de 100 pessoas e determinando o uso de máscaras. O presidente poderá exercer seu direito de defesa. Valor da multa está previsto em Lei Federal", escreveu.

Bolsonaro participou na manhã de quinta-feira (20) de uma solenidade de entrega de 282 títulos definitivos de propriedades rurais do Projeto Assentamento Açaí, ocupado desde 1996 por famílias da região. Ele também fez uma parada não programada em Senador La Rocque, no mesmo Estado.

No evento, Bolsonaro protagonizou cenas de aglomeração e desrespeito às regras sanitárias. Sem máscaras e descumprindo o distanciamento social, apoiadores do presidente se aglomeraram em diferentes pontos do trajeto da comitiva presidencial.

O presidente também não usou máscara ao visitar a sede do Sindicato dos Produtores Rurais, no Parque de Exposição de Açailândia. A organização do evento confirmou que o uso obrigatório de máscara era um dos critérios estabelecidos para a entrada de convidados.

As aglomerações acontecem um dia depois de o Estado do Maranhão confirmar os primeiros casos da cepa indiana da Covid-19 no Brasil. Os seis infectados são tripulantes de um navio que atracou no litoral maranhense.

Na solenidade, Bolsonaro atacou o governador do Maranhão, Flávio Dino, chamado por ele de "gordinho ditador". Apoiadores do presidente gritaram "Fora, Dino".

Mais cedo, Bolsonaro foi recepcionado por apoiadores em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, onde recebeu da Câmara Municipal o título de "Cidadão Imperatrizense".

Imperatriz e Açailândia estão três municípios maranhenses onde Bolsonaro teve mais votos em 2018 do que o seu então concorrente Fernando Haddad (PT). A outra cidade é São Pedro dos Crentes, município com maior proporção de evangélicos do Nordeste. O Maranhão tem 217 cidades.

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