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Covid-19 no ES: mortes caem 16% em setembro em relação a agosto

Covid-19 no ES: mortes caem 16% em setembro em relação a agosto

É a quinta vez consecutiva que cai a quantidade de óbitos, que segue em queda desde maio. Por outro lado, casos confirmados aumentaram quase 15%

Publicado em 30 de setembro de 2021 às 17:46

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Covas abertas no cemitério de Maruípe em Vitória
Mais de 12,5 mil pessoas já morreram no Espírito Santo devido à Covid-19. (Vitor Jubini)

O número de mortes causadas pelo novo coronavírus continua diminuindo no Espírito Santo. Durante todo o mês de setembro, foram registrados 305 óbitos. Na comparação com agosto, quando foram divulgados 364, a queda é de aproximadamente 16%.

Com a quinta redução consecutiva, este mês se mostra como o segundo melhor de toda a pandemia, ficando atrás apenas de abril do ano passado, quando as primeiras mortes foram registradas no Estado. No entanto, cerca de dez pessoas ainda morrem, em média, a cada dia devido à Covid-19.

TENDÊNCIA DE QUEDA INTERROMPIDA

Apesar da melhora no indicador, dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já mostraram que as mortes voltaram a crescer na Grande Vitória. Conforme divulgado pelo secretário Nésio Fernandes na semana passada, o aumento estava em torno de 30%. Segundo ele, isso tem acontecido em decorrência de três principais fatores:

  • O esquema vacinal que ainda não foi completado pela maior parte da população;
  • O relaxamento com as medidas de distanciamento social;
  • predominância das variantes Gama e Delta, que se mostram mais perigosas.

Como consequência desses fatores, o número de casos confirmados voltou a crescer pela primeira vez desde março deste ano, interrompendo a sequência de cinco quedas seguidas. Em setembro, foram registradas 23.019 infecções, quase 3 mil a mais que em agosto. Um aumento de cerca de 15%.

AUMENTO NA OCUPAÇÃO DE LEITOS

Desde o final de agosto, o governo do Estado também tem alertado que o Espírito Santo vive um momento de "alerta epidemiológico", com aumento de pacientes com síndromes respiratórias e internações hospitalares devido à infecção pelo novo coronavírus, tanto na rede pública quanto na particular.

A alta pode ser percebida quando se observa o Painel de Ocupação de Leitos Hospitalares, da Sesa. No início deste mês, os hospitais estaduais chegaram a ter menos de 330 pacientes, incluindo aqueles em leitos de UTI e enfermaria. Já nesta quinta-feira (30), esse número subiu para 431 — o maior desde o dia 6 de agosto.

Desse total de internados, 256 desenvolveram um quadro grave da doença e lutam para sobreviver em um leito intensivo — quantidade que também é a maior desde a mesma data do mês passado. O número chegou a ser inferior a 190, mas voltou a superar o patamar de 200 há mais de duas semanas.

VACINAÇÃO SEGUE COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE

Para retornar a um contexto de plena recuperação da pandemia, o Governo do Estado mantém o foco na vacinação contra a Covid-19. Há cerca de duas semanas, o intervalo para aplicação da dose de reforço em idosos foi reduzido e, no último dia 23, foi iniciada a imunização de adolescentes.

No entanto, na última sexta-feira (24) a Sesa alertou que mais de 309 mil pessoas estão com o esquema vacinal em atraso. Ou seja, não voltaram para tomar a segunda dose. Em um apelo, o subsecretário Luiz Carlos Reblin pediu para que os capixabas se vacinem e reforçou que esta é a "única forma de barrar definitivamente a doença".

"Nós estamos preocupados com o aumento significativo de pessoas que não retornaram para a segunda dose. A primeira dose ativa o sistema imunológico, mas o que, de fato, consolida a imunidade é a segunda. Cumpra sua parte, ainda mais neste momento de aumento de casos. Você vai se proteger, proteger sua família e seus amigos", afirmou.

Entenda os números e a comparação

Os dados usados nesta reportagem de A Gazeta consideram as atualizações diárias do Painel Covid-19, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Ou seja, os 305 óbitos de setembro foram divulgados ao longo deste mês não necessariamente se referem àqueles que aconteceram nos últimos 30 dias.

Por exemplo: no dia 1º de setembro foram divulgadas 15 mortes em 24 horas. Todas foram contabilizadas como sendo de setembro. Porém, é possível que alguma faça referência a uma morte que aconteceu em agosto, mas só foi notificada no dia 1º.

A mesma estratégia é adotada em relação aos casos confirmados.

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