Publicado em 30 de maio de 2020 às 19:43
Após dois dias em alta, a taxa de ocupação nas unidades de terapia intensiva (UTI) para atender os pacientes graves da Covid-19 no Espírito Santo caiu neste sábado (30). Agora, 76,26% dos leitos do SUS exclusivos para a doença estão ocupados no Estado. Alguns hospitais, porém, já estão sem vagas para atender pela rede pública. >
Até a noite de sexta-feira (29), a taxa estava em 79,4%. Já neste sábado, são 408 leitos de UTI ocupados de um total de 535 vagas na rede pública para o coronavírus. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).>
Na Grande Vitória, região que concentra o maior número de casos e mortes por Covid-19, a taxa de ocupação de UTIs públicas caiu de 89% para 84,5% neste sábado. É a maior proporção entre as regiões do Estado, seguida pela região Norte (62,50% vagas de UTI ocupadas).>
Já os leitos de enfermaria, destinados a pacientes com quadro menos grave, mas que necessitam ficar internados e em isolamento, estão com taxa de ocupação em 61,9% na rede pública estadual. São 603 vagas, sendo 372 preenchidas. A região com menos vagas em enfermarias é a Metropolitana, cuja ocupação chegou a 75%.>
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Segundo a Secretaria da Saúde, foram contratados 30 novos leitos para atendimento a pacientes da Covid-19 no Hospital Santa Rita, em Vitória, sendo 15 leitos de enfermaria e 15 leitos de UTI, que já estão disponíveis e começarão a ser utilizados assim que houver necessidade. "Com o aumento no número de leitos, o índice da taxa de ocupação diminui", explicou a Sesa. >
Os dados da Sesa mostram que alguns hospitais no Espírito Santo já estão próximos do limite de vagas de UTI para tratar pacientes com coronavírus. É o caso do Hospital Estadual Dório Silva, na Serra, que está com 32 dos 34 leitos ocupados.>
Já alguns hospitais privados que tiveram leitos requisitados pelo governo para atendimento pelo SUS não possuem mais vagas para atendimento pela rede estadual. É o caso dos hospitais Vila Velha e Santa Mônica.>
No Hospital Santa Mônica, localizado na mesma cidade, as 19 vagas de UTI que operam para o SUS estão cheias. Os 33 leitos de enfermaria que atendem a rede pública na unidade também estão ocupados. >
Já no Vila Velha Hospital, os 40 leitos de UTI para Covid-19 reservados para uso da rede estadual estão ocupados, segundo os dados da Sesa, e 124 dos 150 de enfermaria estão em uso. A reportagem da TV Gazeta esteve no local neste sábado (30) e identificou várias ambulâncias com pacientes na entrada aguardando o atendimento no pronto-socorro para sintomas respiratórios.>
Médicos e enfermeiros das ambulâncias que aguardavam do lado de fora relataram que foram ao Vila Velha Hospital levar pacientes com Covid-19, mas que tiveram que esperar por horas. Eles contaram que em alguns momentos do dia chegaram a ter cinco ambulâncias esperando na rampa do pronto-socorro e que foram para o hospital porque o local de destino é decidido previamente pela Central de Regulação de Vagas. >
O Vila Velha Hospital (VVH) informou que a situação das ambulâncias trata-se de um "procedimento comum em hospitais, quando há uma demanda maior de atendimentos registrados naquele momento, sobretudo em virtude da atual conjuntura em que vive o Brasil. As ambulâncias em questão encontravam-se aguardando o término da realização dos protocolos clínicos de entrada do paciente para, após sua conclusão, liberar a entrada do mesmo". >
O VVH não quis comentar sobre a lotação dos leitos contratados pelo Estado na unidade nem de suas vagas privadas, mas disse que segue todos os protocolos estabelecidos pelos órgãos de saúde competentes para garantir a segurança dos pacientes, profissionais de saúde e equipes do hospital. A reportagem também procurou o Hospital Santa Mônica e aguarda retorno. >
A Sesa informou que foram contratados 190 leitos para atendimento a pacientes com Covid-19 do SUS no Vila Velha Hospital (40 de UTI e 150 de enfermaria), e todos os pacientes regulados para a unidade neste sábado (30) foram recebidos. >
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