> >
Empresas podem ajudar prefeituras a comprar agulhas e seringas

Empresas podem ajudar prefeituras a comprar agulhas e seringas

Apoiado pela Rede Gazeta, o movimento Unidos pela Vacina identificou algumas demandas dos municípios capixabas no processo de vacinação contra a Covid-19

Publicado em 15 de março de 2021 às 19:10- Atualizado Data inválida

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Governo federal negocia compra da vacina da Moderna
Governo federal negocia compra da vacina da Moderna . (Anna Nolte/ U.S Air Force)

Agulhas, seringas e luvas estão entre alguns dos insumos que são as maiores necessidades dos municípios do Espírito Santo para alavancar a vacinação contra a Covid-19. A lista contempla ainda outros itens, como caixa térmica, câmara fria de conservação dos imunizantes, jaleco e até computador e internet.

O levantamento está sendo realizado em todo o país, pelo Movimento Unidos pela Vacina, encabeçado por Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza. O ES em Ação e a Rede Gazeta são embaixadores do projeto, que mobiliza empresários e entidades em uma ação conjunta para acelerar a imunização da população brasileira contra o coronavírus até setembro deste ano.

Até a última sexta-feira (12), 70 das 78 cidades capixabas já tinham respondido a pesquisa, informando as suas demandas que poderiam ser transformadas em gargalos que impedissem a imunização mais rápida. Faltam apenas as informações de Apiacá, Água Doce do Norte, Brejetuba, Conceição do Castelo, Marilândia, Montanha, Ponto Belo e São Roque do Canaã. No Brasil mais de 3 mil cidades já responderam a pesquisa.

Marisa César, CEO do grupo Mulheres do Brasil, que também está vinculado ao Movimento Unidos pela Vacina, explica que há cidades que enfrentam dificuldades até para alimentar as informações diárias da vacinação, por falta de computador e internet.

“Entendemos que as demandas estão na ponta e se faz necessário este momento de escuta para a mensurar os itens que podem faltar no processo de vacinação. Já sabemos, por exemplo, que para algumas vacinas será necessário uma câmara fria que suporte temperaturas negativas muito maiores”, explica Marisa.

Dentre as demandas apontadas pelas cidades capixabas estão:

  • Seringas
  • Agulhas
  • Luvas
  • Câmaras frias de armazenamento, que suportam temperaturas mais baixas
  • Caixa térmica para transporte das vacinas
  • Internet
  • Computador
  • Álcool em gel

OBJETIVOS DO MOVIMENTO

O movimento, que é apartidário, visa imunizar todos os brasileiros contra a Covid-19 até setembro deste ano, em uma ação conjunta de empresas e entidades para apoiar o Sistema Único de Saúde (SUS).

No Estado, são embaixadores do projeto a Rede Gazeta, o Movimento ES em Ação, o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor (Sincades), o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística (Transcares) e as Federações das Indústrias (Findes) e do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio-ES). 

Esses parceiros pretendem colaborar na imunização dos capixabas através de apoio na logística e divulgação da vacinação, além de fazer a ponte entre secretarias de saúde e empresas para ajudar no suprimento de demandas como fornecimento de insumos, bens e serviços para a campanha de vacinação contra a Covid-19.

Uma plataforma de parcerias da iniciativa, permite fazer a ponte entre as demandas das secretarias de saúde municipais e os recursos que qualquer empresa parceira pode oferecer. O empresário, ou outro responsável, deve fazer um cadastro da empresa em unidospelavacina.miisy.com/. É por lá que os voluntários vão poder identificar as necessidades por estado, cidade ou item e, assim, oferecer os recursos ao seu alcance.

Marisa destaca que o movimento não recebe ou opera as doações. “É uma plataforma de parceiros. As doações de produtos ou serviços são feitas diretamente pelas empresas e organizações para as secretarias de saúde. Eles podem ainda amadrinhar uma cidade, onde podem atender a determinada secretaria, vendo as necessidades da localidade”, assinala.

No Brasil pelo menos 36 cidades já foram adotadas por empresas, que vão ajudá-las a suprir as necessidades por produtos e serviços para garantir que não haja problemas na imunização da população, além de projetos pilotos sendo desenvolvidos no Rio de Janeiro (RJ) e Nova LIma (MG). Nenhuma delas é do Espírito Santo.

ARTICULAÇÃO PARA GARANTIR AVALIAÇÃO DAS CIDADES

Há uma semana, o ES em Ação articulou sua rede para ajudar ao grupo de trabalho do Unidos pela Vacina a obter a resposta dos prefeitos à pesquisa necessária para identificar quais recursos precisam para acelerar a vacinação em cada cidade.

Segundo Fabio Brasileiro, diretor presidente do ES em Ação, esta fase de diagnóstico é importante para entender o que cada município tem de demanda e de fragilidade para tentar suprir pela iniciativa privada.

“Fizemos articulações com algumas cidades e a Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) para que as cidades respondessem a pesquisa, para saber o que o SUS entrega, quais as deficiências e dificuldades de cada cidade para que possam receber o apoio necessário à imunização”, explica.

A contribuição do movimento empresarial é permitir que se compreendam os desafios e problemas de cada local (falta de materiais e recursos humanos ou escassez de doses, por exemplo) para, a partir daí, direcionar os esforços.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais