Com vacinação ampla e taxa de transmissão baixa, ES segue com otimismo

Tudo se encaminha para uma melhora progressiva da situação sanitária no Estado, sobretudo pela força da imunização

Publicado em 14/07/2021 às 02h05
Covid-19
Pessoa usando máscara na pandemia: uso ainda será necessário, mesmo com melhora do cenário. Crédito: Freepik

Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou que trabalha com a expectativa de consolidar a recuperação da terceira onda da Covid-19 até agosto, quando acredita que deve atingir a marca de 150 leitos de UTI ocupados em todo o Espírito Santo. O otimismo é baseado nos números que estão à mesa: a aplicação de pelo menos uma dose das vacinas disponíveis já chegou a 60% da população adulta e a taxa de transmissão em junho atingiu o nível mais baixo desde o início da pandemia na Grande Vitória. O indicador, referente à semana epidemiológica de 18 de junho, foi de 0,47. Quanto mais baixo, menor o risco de contágio.

Há motivos concretos para sentir alívio, mas ainda nenhuma justificativa para se reduzir os comportamentos preventivos. O mapa de risco atual mostra um Espírito Santo quase totalmente verde, com 80% dos municípios classificados como risco baixo, o maior percentual desde novembro de 2020. Isso significa que lojas e restaurantes estão funcionando sem restrições de horários em 63 cidades. Mas devem seguir com protocolos sanitários adotados tanto por funcionários quanto por frequentadores.

É possível dizer que a população está com a faca e o queijo na mão, neste momento. Tudo se encaminha para uma melhora progressiva da situação sanitária no Estado, sobretudo pela força da vacinação. O impacto na redução do contágio da primeira dose na população acima de 30 anos, a mais atingida pela Covid-19 na terceira onda, já está sendo sentido, embora deva-se sempre ressaltar que a imunização nesse caso é parcial. Os efeitos tendem a ser cada vez mais perceptíveis, sobretudo com a previsão de alcançar toda a população acima de 18 anos com a primeira dose até setembro, segundo a Sesa.

As pessoas devem continuar se comprometendo com esse pacto, recebendo no braço a vacina disponível para ampliar o alcance vacinal e formar uma barreira contra o coronavírus. Vacina, associada ao uso de máscara e à manutenção do distanciamento social, é a garantia de redução da circulação do vírus. A ampliação da testagem também é uma condicionante para a redução da transmissão: o governo estadual acaba de lançar uma plataforma de agendamento aberta para a população, no intuito de massificar os testes e ampliar o controle epidemiológico.

E é preciso lembrar que as variantes não deixaram de ser uma ameaça a essa "paz armada" atual, na qual se vislumbra o controle da crise sanitária, com índices cada vez melhores nas taxas de internação e redução paulatina de mortes, sem que se permita baixar a guarda. Não somente as mutações já existentes, mas aquelas que podem vir a surgir, exigem a manutenção das posturas preventivas. 

Por mais que persista uma fadiga da pandemia, a sociedade não pode afrouxar nos cuidados. O Estado atingiu um patamar no qual as atividades econômicas podem ser retomadas com os devidos cuidados, assim como determinados compromissos sociais, do cotidiano. Mas ainda se está longe de um "libera geral", com aglomerações, sob qualquer motivação.

Só se vence o jogo quando ele termina, e a esta altura do campeonato a população precisa segurar o resultado, que até agora dá vantagem aos que combatem o coronavírus com persistência. A responsabilidade de cada um permanece sendo uma exigência das atuais circunstâncias.

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