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Entenda o impacto da 1ª dose na queda dos números da pandemia no ES

Entenda o impacto da 1ª dose na queda dos números da pandemia no ES

Os registros de internação e morte vêm reduzindo à medida que avança a imunização da população; uso de máscara e distanciamento social devem ser mantidos

Publicado em 12 de julho de 2021 às 18:57

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Cariacica realiza mutirão de vacinação contra a Covid-19 no Estádio Kleber Andrade
Duas doses, no caso dos imunizantes em que a D2 também é exigida, são necessárias para completar o esquema vacinal . (Ricardo Medeiros)
Aline Nunes
Repórter de Cotidiano / [email protected]

O avanço da vacinação com pelo menos a primeira dose (D1) é fator determinante para que, atualmente, o Espírito Santo registre queda no número de casos, internações e mortes provocadas pela Covid-19Com mais de 60% da população adulta imunizada com, no mínimo, uma das doses das vacinas disponíveis no Plano Nacional de Imunização (PNI), a projeção é de que as próximas semanas consolidem a redução nos indicadores da doença no Estado. 

Em coletiva nesta segunda-feira (12), o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, apresentou um panorama da cobertura vacinal e pontuou o que, segundo ele, tem contribuído para a mudança no cenário pandêmico no Brasil e no Espírito Santo. 

"O resultado que o país vem apresentando de queda consolidada das internações, casos e óbitos é resultado principal da cobertura com a  D1 no território brasileiro. Da ampla cobertura com qualquer um dos imunizantes, sejam aqueles com intervalo de 28 dias, como no caso da vacina do Butantan (Coronavac), sejam as opções com a Pfizer e Astrazeneca, de intervalo maior, e também a Janssen, que é dose única", frisou.

Ultrapassando a marca de 50% de cobertura, destacou o secretário, o Brasil já passa a apresentar resultados no desempenho do efeito das vacinas  no controle das internações e óbitos. Nésio Fernandes observou que nenhuma vacina hoje usada no mundo é capaz de impedir o contágio pelo Sars-Cov-2 (coronavírus), mas todas adotadas no país têm condições de conter o desenvolvimento de quadros graves, que levam à hospitalização e à morte. 

IMPACTO SOCIAL

Nésio Fernandes pontuou que, no Espírito Santo, 98,66% das mortes por Covid-19 foram registradas entre pessoas com mais de 30 anos. Assim, no momento em que a vacinação avança sobre essa faixa etária, o secretário sustenta que será percebido o impacto social da D1 com a diminuição dos indicadores da doença  entre o público imunizado. É um passo para a imunidade coletiva através da vacina. 

Para o governo do Estado, foi acertada a decisão do PNI de ampliar o intervalo de aplicação das vacinas Astrazeneca e Pfizer, no limite de até 12 semanas estabelecido pela bula dos imunizantes, de forma que foi possível alcançar mais pessoas com a D1 em vez de iniciar, antecipadamente e para um grupo reduzido, a aplicação da segunda dose.  "Portanto, não é o resultado da cobertura com a D2 que tem impactado, hoje, os indicadores de desempenho de mortalidade, internação hospitalar e redução de casos", afirmou.

O secretário argumentou que, para reduzir o intervalo de aplicação da D2, como o Estado fez com a Astrazeneca - passando de 12 para 10 semanas - é necessário avaliar três fatores: o prazo previsto em bula que não prejudique nenhuma evidência de eficácia da vacina; a perspectiva de antecipar o benefício do esquema vacinal completo; e a disponibilidade de D2. "Não haveria sentido armazenar D2, que não poderiam ser usadas como D1, só para aguardar o prazo de 12 semanas."

VARIANTES

Agora, em casos de antecipação de intervalos, Nésio Fernandes defendeu que não seja para períodos muito curtos. "Para o enfrentamento das novas variantes, é importante termos a cobertura da D1. Mesmo com a possibilidade de escape parcial das vacinas já disponibilizadas (o escape pode derrubar um pouco da eficácia), a ampla cobertura da D1 contribui para o controle da mortalidade. Por isso, o esquema de aplicação de doses em prazos de quatro, cinco semanas limitaria a capacidade do governo do Estado de ampliar a cobertura com a primeira dose", explicou o secretário, reafirmando que, para redução de intervalo, devem ser usadas as regras adotadas pelo governo estadual no caso da Astrazeneca.

Também na coletiva, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, destacou o trabalho do SUS por conseguir alcançar a população que é alvo da campanha de vacinação contra a Covid-19. 

"Vemos países que adotaram estratégia importante de testagem, de isolamento, mas não conseguem avançar na estratégia de vacinação. Aqui, quando a vacina está disponível, o SUS vacina, e vacina bem. O SUS no Espírito Santo é forte e vai alcançar a meta dentro daquilo que é nossa obrigação. Mas a população tem que tomar a primeira e a segunda dose. A D2 é importante para consolidar a imunidade", frisou. 

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Além disso, lembrou Reblin, mesmo com o avanço da imunização, o uso da máscara continua sendo uma medida de proteção indispensável, e a população deve seguir praticando o distanciamento social e evitando locais de aglomeração. 

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