Bikes elétricas: até os roubos e os furtos estão acelerados no ES

E esse se torna mais um desafio de segurança pública, como se já não houvesse poucos

Publicado em 08/12/2025 às 01h00
(Usar PB somente em Opinião da Gazeta) Na Orla de Camburi, uma Placa da Guarda Municipal de Vitória alerta para o limite de velocidade de 20km.
Na Orla de Camburi, uma Placa da Guarda Municipal de Vitória alerta para o limite de velocidade de 20km. Crédito: Carlos Alberto Silva

É impossível não perceber que as bicicletas elétricas estão provocando uma revolução na mobilidade da Grande Vitória nos últimos anos.  Tudo o que gira em torno desse tema acontece com uma velocidade tão frenética que tem pegado de surpresa não somente quem está pelas ruas, como o próprio poder público, que ainda está correndo atrás de uma regulamentação eficiente que ao mesmo tempo não se burocratize tanto a ponto de inviabilizá-las como opção de transporte urbano. Não está sendo fácil.

A frota de bikes elétricas no Espírito Santo já é estimada em cerca de 9 mil, segundo dados da Fecomércio/Aliança Bike. E na mesma velocidade que ela cresceu e se tornou um negócio lucrativo (na Grande Vitória há um boom de lojas especializadas nesses veículos), também passou a chamar a atenção de criminosos: de janeiro a novembro deste ano, houve um aumento de 817% no registro de furtos e roubos desses veículos no Estado. Foram 312 ocorrências até o dia 30 de novembro, contra 34 no mesmo período do ano passado.

No início de novembro, foi preso um criminoso que já havia se tornado o maior autor de furtos de bikes elétricas em Vitória. Na ocasião, o delegado Diego Bermond informou que antes o criminoso realizava assaltos, mas neste ano começou a furtar veículos elétricos. O suspeito mudou de crime como quem troca de emprego, diante da popularidade das bikes elétricas e do aumento da oferta das bicicletas nas ruas.

E esse se torna mais um desafio de segurança pública, como se já não houvesse poucos. De acordo com as estatísticas, Vila Velha é a cidade com mais ocorrências entre as dez cidades capixabas que registraram furto e roubo de bicicletas elétricas, com 60% dos casos. Esse é um daqueles crimes contra o patrimônio que só consegue ser combatido quando se atinge a cadeia por trás: certamente há receptadores que abastecem um mercado ilegal desses veículos, até mesmo na internet. É com inteligência investigativa  e prisões de qualidade que se inviabiliza esse mercado.

Em junho, uma loja de bicicletas elétricas na Praia da Costa, em Vila Velha, foi invadida na madrugada (veja vídeo acima) por uma horda e mais de dez veículos foram furtados. No mesmo dia, à tardegrande parte delas já havia sido recuperada  após uma operação conjunta da Guarda Municipal, da Polícia Militar e da Polícia Civil. As bikes elétricas viraram uma tendência não só de mobilidade, mas também um objeto de desejo de ladrões. Um novo nicho que já está exigindo mais atenção dos usuários, mas principalmente mais mobilização da polícia.

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