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PSB, Republicanos e Cidadania são os partidos que mais elegeram prefeitos no ES

PSB, Republicanos e Cidadania são os partidos que mais elegeram prefeitos no ES

Partido do governador Renato Casagrande, PSB conseguiu eleger 13 prefeitos. Já Cidadania e Republicanos, nove cada um, no primeiro turno das eleições de 2020

Publicado em 18 de novembro de 2020 às 17:52

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Resultado partidos por região
Resultado de partidos por região: o resultado do primeiro turno de votação mostra o desempenho das legendas nos municípios. (Arte Geraldo Neto )

Com o resultado da votação do último domingo (15), os partidos Cidadania, PSB e Republicanos foram os que conquistaram o maior número de prefeituras no Espírito Santo. Somadas, as três legendas venceram a disputa em 31 dos 73 municípios que já tiveram o resultado definido no primeiro turno das eleições de 2020. A sigla do governador Renato Casagrande, o PSB, conseguiu eleger 13 prefeitos. Já Cidadania e Republicanos elegeram nove cada um.

Na contramão, MDB e PSDB registraram as maiores baixas. Juntos, os dois partidos deixarão de ter, a partir do dia 1º de janeiro, 18 prefeituras nos municípios do Espírito Santo. Os emedebistas elegeram oito prefeitos e os tucanos, apenas quatro. Resultado que contrasta com as eleições de 2016, quando as legendas foram as que mais elegeram mandatários.

Gráfico prefeituras por partido no ES, após o primeiro turno
Gráfico com número de prefeituras por partido no ES, após o primeiro turno. (A Gazeta)

No recorte regional, o PSB conquistou seis prefeituras do Sul do Estado, sendo o partido que se saiu melhor na região, e o Republicanos alcançou cinco municípios. No Norte, Cidadania e o partido de Casagrande elegeram três prefeitos cada. Na região Central, o MDB obteve três prefeituras, enquanto o Republicanos conquistou outras duas.

Falta ainda a definição do pleito em cinco municípios. As cidades da Grande Vitória – Cariacica, Serra, Vila Velha e Vitória – aguardam os resultados do segundo turno, que acontecerá no dia 29 deste mês. Já os eleitores de Boa Esperança, no Noroeste do Estado, estão na expectativa de uma decisão judicial que definirá quem será o novo prefeito.

No entanto, de acordo com o cientista político João Gualberto Vasconcellos, os resultados do primeiro turno já constatam dois movimentos: a decadência dos partidos que estavam no poder com o ex-governador Paulo Hartung (MDB e PSDB); e a ascensão dos dois grupos que, muito provavelmente, disputarão o poder regional daqui a dois anos. De um lado PSB e Cidadania e do outro o Republicanos.

Enquanto o PSB e o Cidadania conseguem converter a gestão estadual em prefeituras, a movimentação do Republicanos é diferente. “O PSB e o Cidadania crescem porque estão no governo estadual. O Republicanos cresce porque tem uma máquina na Assembleia Legislativa, tem uma máquina no governo nacional”, analisa o cientista político.

O partido, que irá ao segundo turno na Capital com o candidato Delegado Pazolini, tem nomes importantes, como o atual presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Erick Musso, e o deputado federal Amaro Neto, que pode ser o escolhido pela legenda na eleição para o governo do Estado em 2022. Além disso, é o partido de Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, filhos do presidente Jair Bolsonaro.

Para impedir que o Republicanos consiga eleger Pazolini para a Prefeitura de Vitória, João Gualberto acredita que o governador Renato Casagrande apoie o candidato do PT, João Coser, no segundo turno.

A base do governador, que conta com o apoio de figuras importantes, como a do atual prefeito de Vitória, Luciano Rezende, marcou forte posição conquistando grande parte das prefeituras do Estado. Mesmo não tendo nenhum candidato do PSB ou Cidadania no segundo turno na Grande Vitória, outros partidos que compõem o arco de aliança de Casagrande, como o PDT e o Podemos, estão nas disputas. Sendo assim, o segundo turno em algumas cidades da Grande Vitória colocará frente a frente os dois grupos políticos que conquistaram mais prefeituras no primeiro turno.

Por outro lado, MDB e PSDB saíram mais fracos do pleito. Os emedebistas, que foram os que mais elegeram prefeitos em 2016, perderam 9 prefeituras nessas eleições. A confusão interna no partido, que já não conta com a presença de Paulo Hartung, foi crucial para o resultado.

Já o PSDB, que passou de segundo partido com mais prefeitos para a oitava posição, também não conseguiu emplacar suas candidaturas. Durante a gestão estadual emedebista, o vice-governador César Conalgo era um tucano. João Gualberto acredita que atualmente não existam projetos políticos estaduais nesses dois partidos.

*Daniel Reis é aluno do 23° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, sob supervisão das editoras Letícia Gonçalves e  Aline Nunes

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