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Publicado em 19 de julho de 2023 às 11:48
Está perto de completar um ano o desaparecimento do perito criminal aposentado Celso Marvila Lima, na época com 64 anos. O policial civil desapareceu no dia 3 de agosto de 2022, quando a Mitsubishi L200 4x4 em que ele estava foi localizado por populares em Xuri, Vila Velha, totalmente queimada. Posteriormente, as investigações concluíram que ele foi assassinado.>
Na manhã desta quarta-feira (19), a Polícia Civil informou que o inquérito policial foi concluído em dezembro de 2022 e quatro suspeitos de envolvimento no homicídio foram presos.>
A corporação destacou que, como o corpo do perito não foi localizado, as buscas foram encerradas, entretanto, podem ser retomadas caso surjam novas informações que indiquem a localização dos restos mortais. "A população pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181", pontuou. >
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Além de ter feito parte do quadro da Polícia Civil capixaba por 42 anos, aposentando-se em 2020, Celso Marvila Lima era presidente do Jockey Clube do Espírito Santo, localizado em Itaparica, Vila Velha. >
Relatos de funcionários apontam que ele era querido no local, além de frequentador assíduo do centro hípico. Ainda segundo testemunhas, Marvila passou o dia inteiro no Jockey Clube antes de desaparecer.>
O veículo em que o perito estava foi encontrado por populares, em chamas, na noite do dia 3 de agosto. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram até o local, em uma estrada de chão, por volta das 20h. O carro foi encontrado queimado em uma estrada de chão, em Vila Velha. >
No interior do automóvel queimado, a perícia da Polícia Civil encontrou um celular bastante avariado. Não foi informado, todavia, se o aparelho pertencia ao aposentado nem se foi possível recuperar algum material que ajudasse nas investigações.>
A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros chegaram a fazer buscas pelo corpo do perito. Uma dessas ações ocorreu no dia 28 de setembro, em um terreno no bairro Jockey de Itaparica. A operação teve apoio da equipe de buscas com cães K9.>
Na ação de 1º de setembro, os trabalhos se concentraram dentro do Jockey Clube e contaram até com máquinas de escavação. >
O que antes era entendido apenas como um desaparecimento passou a ser encarado pela Polícia Civil como um homicídio. Em dezembro de 2022, as investigações da corporação mostraram que o perito foi assassinado dentro do Jockey Clube.>
"Três funcionários do local viram Celso Marvila por volta das 17h. Ele foi capturado e morto em um pavilhão cuidado por um dos suspeitos, antes de saírem do local com o carro da vítima, às 18h46", contou o delegado Tarik Souki, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.>
Marvila, presidente do Jockey Clube, passou a suspender títulos de inadimplentes e de outros sócios, pois o local estava em processo de venda de algumas áreas por valores milionários. >
Conforme afirmou o delegado Tarik Souki, o Jockey Clube já havia vendido a parte dos fundos por R$ 40 milhões e estava em processo para venda da parte da frente, pelo valor de aproximadamente R$ 140 milhões.>
"Quem estava encabeçando a venda era o Celso Marvila. Ele deu início a uma cassação de títulos, onde vários foram cancelados, inclusive de uma determinada pessoa, que era muito amigo do Marvila. Ali surgiu a desavença. Era notória a desavença, ocorreram ameaças e diversas situações que fizeram com que as pessoas soubessem dessa desavença", explicou o delegado.>
A pessoa citada pelo delegado seria o sargento do Corpo de Bombeiros, Wenos Francisco dos Anjos, conforme A Gazeta apurou. Ele estava no Jockey Clube no dia que o perito foi morto, junto a outros suspeitos. >
A Polícia Civil explicou a relação entre os detidos e qual teria sido a participação de cada um no homicídio, cuja execução teria tido o envolvimento direto de três pessoas, incluindo um bombeiro e um policial.>
Ao todo, seis pessoas chegaram ser presas suspeitas de envolvimento no crime, sendo que quatro delas tiveram denúncia oferecida pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e respondem por participação no desaparecimento do perito. >
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