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Perito foi assassinado dentro do Jockey Clube do ES, diz polícia

Perito foi assassinado dentro do Jockey Clube do ES, diz polícia

Celso Marvila Lima era dado como desaparecido desde agosto; perito aposentado era presidente do estabelecimento em Vila Velha

Publicado em 21 de dezembro de 2022 às 16:55- Atualizado há um ano

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Celso Marvila Lima, de 64 anos, desaparecido desde quarta-feira (3), era presidente do Jockey Clube
Celso Marvila Lima, de 64 anos, desaparecido desde quarta-feira (3), era presidente do Jockey Clube. (Jockey Clube/Reprodução)

Desaparecido desde o início de agosto deste ano, o perito Celso Marvila Lima, de 64 anos, foi assassinado dentro do Jockey Clube do Espírito Santo, que fica em Vila Velha. A informação foi divulgada na tarde desta quarta-feira (21) pela Polícia Civil. O aposentado era presidente do estabelecimento e foi morto no próprio dia 3, quando desapareceu.

"Três funcionários do local viram Celso Marvila por volta das 17h. Ele foi capturado e morto em um pavilhão cuidado por um dos suspeitos, antes de saírem do local com o carro da vítima, às 18h46", contou o delegado Tarik Souki, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.

Conforme apontado pelas investigações que analisaram mais de 300 horas de imagens de videomonitoramento, o corpo do perito deve ter sido levado por outro veículo até um local – ainda não identificado – diferente de onde a caminhonete da vítima foi achada incendiada, no dia 4 de agosto.

Caminhonete de Celso Marvila Lima foi encontrada incendiada em Xuri, Vila Velha
Caminhonete de Celso Marvila Lima foi encontrada incendiada em Xuri, Vila Velha. (Fabricio Christ / Montagem A Gazeta)

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o assassinato foi motivado por um desentendimento entre a vítima e um sócio do clube, após o cancelamento de um título. Na época do crime, Celso Marvila negociava a venda de duas partes do Jockey: uma por R$ 40 milhões e outra por R$ 140 milhões.

Os investigadores ainda não sabem se o crime foi premeditado, tampouco como o perito foi morto. "Acreditamos que a vítima foi enterrada em uma área próxima do Jockey Clube", afirmou o delegado. Duas buscas já foram realizadas na região, ambas em setembro, mas não encontraram o cadáver.

Seis presos: nomes e participação

Ao todo, a Polícia Civil já cumpriu seis mandados de prisão temporária contra suspeitos de participação no assassinato de Celso Marvila Lima. Quatro indivíduos foram presos na manhã desta quarta-feira (21), em Vila Velha, e outros dois já tinham sido detidos anteriormente.

A reportagem de A Gazeta teve acesso aos nomes e às idades, e a corporação explicou a relação entre os detidos e qual teria sido a participação de cada um no homicídio, cuja execução teria tido o envolvimento direto de três pessoas, incluindo um bombeiro e um policial. Veja:

  • Wenos Francisco dos Anjos, de 44 anos: sargento do Corpo de Bombeiros é apontado como o "cabeça" do crime e quem não recebeu parte do dinheiro pelas vendas feitas pela vítima, sendo um dos executores;
  • Milton Cândido da Silva Filho, de 40 anos: um dos gerentes do Jockey Clube, que era bastante próximo de Wenos, e também teria participado da execução;
  • Lucas dos Santos Lage, de 35 anos: policial militar reformado que era parceiro do sargento e também seria um dos executores;
  • Wesley Francisco dos Anjos, de 49 anos: irmão do sargento e sócio do Jockey Clube, que não gostava da administração de Celso Marvila;
  • Anderson Sirilo, de 40 anos: funcionário do Jockey Clube, que possivelmente não estaria satisfeito com a venda feita pela vítima;
  • Andressa Rodrigues Corrêa, de 27 anos: cozinheira do Jockey Clube e namorada do sargento, ela serviu como álibi, bebendo com o companheiro das 22h à meia-noite.

Dos suspeitos, apenas o policial militar e o gerente do Jockey Clube já estavam presos desde o último mês de setembro. Inicialmente, Lucas havia sido preso em flagrante por tráfico de drogas; e Milton já nos âmbitos da investigação sobre o desaparecimento. Os demais foram presos nesta quarta-feira (21). 

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