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Caso Kauã e Joaquim: com novo advogado, ex-pastor pode ir a júri em março

Caso Kauã e Joaquim: com novo advogado, ex-pastor pode ir a júri em março

Georgeval Alves Gonçalves é acusado de ter estuprado e matado o filho Joaquim Alves e o enteado Kauã Butkovsky em Linhares, em 2018

Publicado em 21 de dezembro de 2022 às 11:08

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Georgeval Alves
Ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves é acusado de ter estuprado e matado o filho Joaquim Alves e o enteado Kauã Butkovsky, em Linhares, em 2018. (Fernando Madeira/ Arte: Geraldo Neto)

O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves pode ir a julgamento em março de 2023, confirmou nesta semana o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) à reportagem da TV Gazeta Norte. Ele é acusado de ter estuprado e matado o filho Joaquim Alves e o enteado Kauã Butkovsky na casa em que a família morava em Linhares, em 2018.

Ao ser questionado sobre a data do júri, o TJES informou à TV Gazeta Norte que “a perspectiva é que o julgamento seja designado para o mês de março, se o processo estiver pronto para julgamento.”

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo informou que o processo retornou ao tribunal após julgamento do recurso da defesa e o advogado dele renunciou. O réu, então, foi intimado para constituir outro advogado no prazo de dez dias. Como não constituiu, o juiz nomeou um advogado dativo, que não aceitou fazer a defesa.

Ainda conforme o TJES, foi nomeado um segundo dativo, que também não aceitou defender o ex-pastor no processo. Por fim, foi nomeado um terceiro advogado, que aceitou fazer a defesa de Georgeval e está com ocaso. Desde o dia 4 de novembro o caso está com Deo Moraes Dias.

Consta no portal e-Diário, do TJES, que o último despacho proferido pela Justiça a respeito do caso é sobre essa mudança na defesa do ex-pastor. “Diante da inércia da advogada dativa anteriormente nomeada por este juízo, nomeio como defensor dativo, o dr. Deo Moraes Dias, para patrocínio da defesa do réu Georgeval Alves”, assinalou o juiz Tiago Favaro Camata, responsável pelo caso.

Em conversa com a reportagem de A Gazeta o advogado Déo Moraes explicou que o júri pode ocorrer nos primeiros dias de março. "A priori está marcado para essa data. Se a defesa não estiver preparada pode mudar, mas vai ser na primeira semana de março", declarou. 

Joaquim e Kauã, de 3 e 6 anos, que morreram num incêndio na casa onde moravam,em Linhares (Reprodução Facebook)

Relembre o caso

Os irmãos Joaquim Alves, na época com três anos, e Kauã Salles Butkovsky, de seis anos, foram assassinados no dia 21 de abril de 2018 na residência onde moravam, no Centro de Linhares. Segundo a Polícia Civil, eles sofreram abuso sexual e estavam vivos, desacordados em uma cama, antes de morrerem após um incêndio criminoso atingir a casa.

Na casa, com os meninos, estava Georgeval Alves Gonçalves, acusado do crime. O ex-pastor era pai de Joaquim Alves e padrasto de Kauã Salles Butkovsky, filho do primeiro casamento de Juliana Pereira Sales Alves com o empresário Rainy Butkovsky. Juliana teve outro filho com o ex-pastor, além de Joaquim.

Georgeval foi detido durante as investigações. Em maio de 2019, por decisão do juiz André Bijos Dadalto, da Primeira Vara Criminal de Linhares, ele foi pronunciado (decisão que o encaminhou para o Tribunal do Júri) por homicídio duplamente qualificado, estupro de vulneráveis e tortura.

Após essa decisão, recursos foram apresentados pelos advogados de defesa e analisados pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

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