> >
Marinha no ES diz que é proibido tráfego de embarcações no local do acidente

Marinha no ES diz que é proibido tráfego de embarcações no local do acidente

Em nota, o órgão informou que a responsabilidade no acidente deverá ser apurada em inquérito que poderá levar até 90 dias, prorrogáveis por mais 90

Publicado em 27 de julho de 2020 às 17:50

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Local onde aconteceu acidente com lancha em Vitória
Local onde aconteceu acidente com lancha em Vitória. (Reprodução/TV Gazeta)
Marinha no ES diz que é proibido tráfego de embarcações no local do acidente

A Marinha do Brasil divulgou nota, na tarde desta segunda-feira (27), afirmando que nas proximidades das instalações do Porto, onde ocorreu o acidente grave envolvendo lancha em Vitória, neste sábado (25), não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações. Além disso, acrescentou que não é permitida a ingestão de bebida alcoólica por parte do condutor da embarcação e, como penalidade, caso isso seja constatado, o piloto pode ter seu certificado de habilitação suspenso ou cancelado.

Em nota, o órgão informou que a responsabilidade no acidente deverá ser apurada em inquérito que poderá levar até 90 dias, prorrogáveis por mais 90. Também em publicação à imprensa, a Marinha informou que a embarcação "Diamante", do empresário José Silvino Pinafo, está devidamente regularizada junto à Capitania dos Portos do Espírito Santo.

Já o advogado Douglas Luz, defensor do empresário, afirmou que não acredita que o piloto da embarcação tenha ingerido bebida alcoólica ou que estivesse em alta velocidade. 

Depois, já no início da noite, por meio de nota, o advogado reforçou que “até o presente momento não se sabe, de forma indubitável, quais foram as circunstâncias fáticas que forçaram o comandante da embarcação a adentrar naquela área” e afirmou que o texto da Marinha “se refere ao local do acidente e não à área em toda a sua extensão”. Desta forma, ele defendeu que é necessário “esclarecer todo o contexto do acidente, do primeiro momento até o ponto final da colisão, para qualquer esclarecimento”.

INSTRUTOR DE NAVEGAÇÃO DÁ DICAS DE SEGURANÇA

O instrutor naval Péricles Lopes divulgou um vídeo no qual dá instruções de navegação adequada pela baía de Vitória. Nele, o especialista afirma que é preciso conhecer a sinalização marítima, estar atento às regras de navegação e principalmente manter distância da estrutura portuária. "Para quem não conhece, Vitória é dotada de portos, tanto do lado de Vitória quanto de Vila Velha. Nós temos estruturas físicas de acesso ao porto, e por vezes acontecem manobras de navios. Para os navegantes de esporte e recreio, que usam suas lanchas e motos aquáticas para navegação de lazer, é importantíssimo tomar muito cuidado quando da passagem pela área considerada de segurança. Então é importante manter distância das estruturas físicas de acesso ao porto, estar navegando sempre no meio do canal, obedecendo a sinalização marítima e navegar com velocidade de segurança, compatível com o local", esclareceu.

O ACIDENTE

De acordo com as informações da ocorrência, a embarcação navegava nas proximidades da Ponte Florentino Avidos quando se chocou contra o píer de uma empresa, por volta das 18h10 do dia 25 de julho, um sábado. A estrutura de concreto é usada para atracação, no canal do Porto de Vitória.

A jovem morreu no local do acidente. A lancha foi rebocada até uma região próxima ao Sambão do Povo e os feridos foram levados para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória. Na manhã de domingo (26), a tia e madrinha de Bruna, Marta Cristina França, 50 anos, foi ao Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, para liberar o corpo da sobrinha.

Segundo o advogado Douglas Luz, o exame para detectar se o piloto estava sob efeito de álcool é um procedimento que deve ser realizado pelo hospital em caso de acidente, mas o advogado afirma que não teve acesso ao resultado.

A Polícia Civil informou que atuou apenas no recolhimento do corpo da vítima, que foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser liberado pelos familiares e para ser feito o exame cadavérico, que irá apontar a causa da morte. "Não há investigação por parte da Polícia Civil, até o momento", disse, em nota.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais