Repórter de Economia / [email protected]
Publicado em 16 de março de 2021 às 16:40
- Atualizado há 5 anos
A 'quarentena' de 14 dias anunciada na tarde desta terça-feira (16) pelo governador Renato Casagrande para combater o avanço do novo coronavírus vai atingir todos os segmentos de comércio e serviços do Espírito Santo. Lojas de rua e shopping centers não poderão abrir as portas nem salões de beleza ou academias. Restaurantes e bares só poderão funcionar por meio de delivery, sem atendimento presencial.>
Terão autorização para manter as atividades os estabelecimentos considerados essenciais como supermercados, postos de gasolina, farmácias, padarias, lojas de material de construção e oficinas mecânicas, além do setor industrial, do agronegócio e a construção civil.
>
A redução das atividades econômicas também será acompanhada de medidas sociais para evitar a ampliação de infectados pela Covid-19 em um momento em que o Estado se prepara para ser alvo da terceira onda e que apresenta uma superlotação nos leitos de UTI para tratar os doentes: nesta semana o Estado ultrapassou 90% de ocupação. O período de restrição começa nesta quinta-feira (18) e vai até o dia 31 de março.>
Para amenizar os efeitos para os negócios, principalmente para os pequenos, o Estado deve anunciar nesta quarta-feira soluções econômicas como ocorreu em março do ano passado, como linhas de crédito.>
>
No caso de bares e restaurantes, será permitida apenas o funcionamento por meio de delivery. Não será autorizada a modalidade de drive thru ou take away.>
Nos domingos e feriados, a restrição é ainda mais intensa e afeta inclusive alguns dos serviços e comércios considerados essenciais. Em regra, nenhum deles poderá abrir as portas nesses dias, com exceção de farmácias, postos de combustíveis, serviços de assistência a saúde, serviço funerário e transporte público e de passageiros. >
Logo, estabelecimentos como padarias e supermercados não poderão abrir aos domingos e feriados. Já as lojas de conveniência dos postos de gasolina ficarão proibidas de funcionar durante todo o período de duração do decreto.>
Os estabelecimentos de áreas consideradas não-essenciais poderão fazer trabalhos internos, que não envolvam interação com o público. Com isso, eles deverão manter as portas fechadas e não será possível atendimento nem com hora marcada.>
Segundo o governador, o objetivo das medidas é tentar reduzir a circulação de pessoas, diminuindo, assim, a transmissão do novo coronavírus. Ele citou que o momento atual é de “guerra” e, por isso, é necessário um sacrifício por parte da sociedade. >
Renato Casagrande
Governador do ESEle ressaltou que o Estado atingiu o gatilho de 90% de ocupação dos leitos, o que deixa todos os 78 municípios na classificação de “risco extremo”. Por isso, as regras apresentadas nesta terça-feira valem para todo o Estado, independente da classificação de risco em que o município se encontrava anteriormente.>
É o percentual de leitos de UTI para Covid que estão ocupados neste momento no Estado
Segundo a nova determinação do governo, a atividade industrial é considerada essencial e, portanto, continuará funcionando. O mesmo vale para o agronegócio e para a construção civil. >
Já o setor de hotelaria, poderá atuar mantendo, no máximo, 50% da capacidade. Os estabelecimentos que têm ocupação maior do que essa, não poderá aceitar novos hóspedes até que a ocupação caia e alcance os 50%. >
Também são consideradas atividades essenciais e, portanto, poderão funcionar: assistência social; serviços público considerados essenciais; atividades envolvendo produtos de higiene, saúde e alimentação (supermercados, mercados, padarias, lojas de produtos alimentícios); atividades de segurança pública e privada, atividade envolvendo instalação de equipamentos de infraestrutura. atividades envolvendo insumos necessários aos serviços essenciais, como lojas de insumos agrícolas e lojas de material de construção civil, comércio e serviços de cuidados animais, geração e transmissão de energia elétrica, cadeia do petróleo e distribuição de água.>
Veja as regras para a quarentena de 14 dias para combater o avanço da Covid
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta