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Tarifaço de Trump: ES prepara ajuda a empresas com foco em manutenção de empregos

Tarifaço de Trump: ES prepara ajuda a empresas com foco em manutenção de empregos

Reunião do comitê destinado a acompanhar e avaliar as tarifas econômicas impostas pelos EUA sobre o Brasil foi coordenada pelo vice-governador Ricardo Ferraço

Publicado em 28 de julho de 2025 às 20:19

Reunião do governo do Espírito Santo com o setor de rochas
Reunião de representantes do governo do Espírito Santo com o setor de rochas Crédito: Leo Junior/Governo do ES

A poucos dias para o início das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros, o governo do Espírito Santo se reúne com o setor produtivo para avaliar impactos e analisar medidas de auxílio às empresas, visto que o Estado destinou em 2025, um terço das suas exportações para o país norte-americano.

Após reuniões nesta segunda-feira (28) com empresários ligados aos setores do agronegócio e das rochas ornamentais, o vice-governador Ricardo Ferraço afirmou que o Estado está preparando uma ajuda aos setores mais afetados para que os empregos sejam mantidos. São analisadas, por exemplo, abertura de linhas de crédito ou alguma renúncia fiscal.

"O que nos interessa é a manutenção dos empregos e o nível de atividade econômica do Espírito Santo. Para isso é que nós estamos na mesa, conversando com os empreendedores para encontrar a solução para esse que é um problema que, inclusive, não tem fundamento econômico nenhum. Então, nós vamos continuar discutindo, conversando, mas por certo ajudar o segmento que vai precisar e o governo está pronto para isso", afirmou Ferraço, que lidera o comitê criado no Estado para avaliar os impactos do tarifaço.

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Tarifaço de Trump: ES prepara ajuda a empresas com foco em manutenção de empregos

Só o setor de rochas, por exemplo, segundo Ferraço, tem 70% das exportações destinadas aos Estados Unidos, além de ser um segmento que gera mais de 20 mil empregos. No momento, existem 1.200 contêineres com produtos prontos para serem embarcados, aguardando uma definição sobre as taxas, que começam a valer no dia 1° de agosto.

"Nós precisamos criar condições para aliviar emergencialmente essas empresas, com a contrapartida da manutenção dos postos de emprego e de trabalho para que os capixabas continuem tendo condição de levar dignidade para as suas famílias", apontou.

O presidente da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas), Tales Machado, destacou as principais dificuldades e os impactos com o tarifaço. Um deles é o desequilíbrio financeiro com a suspensão dos embarques, pois mesmo a manutenção das compras gera desequilíbrio no fluxo financeiro das empresas, que já arcaram com os custos de produção.

Machado também citou uma ameaça à competitividade, com a tarifa de 50% para o Brasil em comparação aos 15% para a União Europeia. "Os italianos que não conseguiam competir com a gente vieram para cá, pois o Brasil é muito competitivo. Os italianos que estão aqui conhecem tudo, todos os materiais. Assim, podem levar o material pra Itália, produzir lá e encaminhar por lá. Então, a preparação realmente é grande para setor de rochas", afirmou.

Participam do comitê representantes das Secretarias de Desenvolvimento (Sedes), Fazenda (Sefaz), Casa Civil (SCV), Economia e Planejamento (SEP), além da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) e Banco do Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Juntos, esses órgãos irão trabalhar em um esforço colaborativo para entender o cenário atual e desenvolver estratégias eficazes para mitigar os danos causados por essas tarifas.

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