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Publicado em 22 de março de 2021 às 12:01
- Atualizado há 5 anos
A Suzano anunciou que, a despeito da pandemia, vai investir R$ 4,9 bilhões no país em 2021. A companhia confirmou, por exemplo, que serão mantidos investimentos da ordem de R$ 782,4 milhões no Espírito Santo neste ano. A cifra engloba negócios na fábrica de Cachoeiro de Itapemirim, a expansão da base florestal da companhia e a modernização da planta industrial de Aracruz. >
Os investimentos, anunciados em dezembro de 2019 ▬ com previsão de geração de 1.100 vagas de emprego ▬, já chegaram a somar, juntos, mais de R$ 933 milhões. Na unidade de fabricação de papel higiênico em Cachoeiro, oficialmente inaugurada nesta segunda-feira (22), por exemplo, já foram investidos cerca de R$ 130 milhões, resultado de créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).>
A indústria, que começou a operar em fevereiro, tem capacidade para produzir cerca de 500 mil fardos de papel mensalmente, embora neste segundo mês de operações a previsão seja de que a produção alcance 200 mil fardos, equivalente a 40% da capacidade plena, conforme explicou o diretor-executivo de Bens de Consumo da companhia, Luís Bueno.>
Ele observou que iniciar as atividades num ritmo menor é procedimento de praxe, e que ocorreu, também, em outras plantas da companhia. Inicialmente, a Suzano espera alcançar a capacidade total da fábrica de Cachoeiro até o final de 2021, mas a data pode ser antecipada para o primeiro semestre, conforme adiantou a colunista Beatriz Seixas. Os produtos, até então, serão voltados exclusivamente para o mercado interno, principalmente para o Sudeste brasileiro.>
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Bueno reforçou que a unidade de fabricação de papel no Sul do Estado é bastante automatizada, mas observou que a capacitação dos trabalhadores é o que deve permitir uma aceleração robusta da produção nos próximos meses.>
“A equipe foi não só treinada pelo Senai, como também fez um estágio na unidade em Mucuri, na Bahia, antes de começar a trabalhar em Cachoeiro. Diante disso, a nossa expectativa é que haja uma evolução muito mais rápida na capacidade de produção dessa planta do que ocorreu nas outras unidades.”>
O presidente da Suzano, Walter Schalka, observou que, a princípio, todas as contratações necessárias já foram feitas, mas destacou que, pontualmente, surgirão novas oportunidades de emprego.>
O executivo, aliás, não descartou a possibilidade de expansão dos negócios em Cachoeiro no futuro, mas disse que todo o foco, no momento, está voltado para a ampliação da capacidade produtiva da unidade. >
“A filosofia da Suzano é uma filosofia de investimento constante. Sempre estaremos investindo. Num primeiro momento, nós vamos esperar que haja a ocupação da totalidade desta planta. E a partir do momento em que estivermos nos aproximando da capacidade total, poderemos pensar em expandir.”>
Schalka destacou ainda que a empresa tem outros investimentos em estudo, mas disse que é cedo para dar informações “Consideramos várias alternativas em investimentos, mas preferimos ainda não dar publicidade. Conversaremos sobre isso com o governo do Espírito Santo nas próximas semanas.” >
Além disso, o executivo confirmou que o investimento em uma planta de bio-óleo continua no radar da Suzano. Mas para que este e outros investimentos sejam executados, ele pondera que é preciso ampliar a base florestal da companhia.>
“Não temos nada definido ainda, mas nossa visão é de que a fábrica de bio-óleo é sim uma perspectiva positiva. Só que, para isso, precisamos aumentar a base florestal. Estamos aumentando a base neste momento, e até queremos acelerar esse processo.”>
Hoje, boa parte da matéria-prima utilizada pela empresa vem de locais que fazem fronteira com o Espírito Santo. Mas a fim de aumentar a competitividade de seus negócios, a gigante de papel e celulose está investindo cerca de R$ 380 milhões na ampliação de sua base florestal no Estado. A expectativa é de que a empresa amplie em até 20 mil hectares a área de plantio de eucalipto em solo capixaba nos próximos anos.>
A Suzano foi questionada sobre o tempo necessário para o desenvolvimento de uma base florestal capaz de atender a produção da fábrica de bio-óleo, mas não retornou até a conclusão desta reportagem, que será atualizada quando houver respostas. >
Schalka também não precisou uma data, mas voltou a dizer que a decisão de quando implantar a unidade vai depender da velocidade da recomposição florestal no Estado. O tempo médio para a colheita do eucalipto que é usado na indústria de celulose é de seis anos.>
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