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Fábrica de papel da Suzano no ES será em Cachoeiro de Itapemirim

Fábrica de papel da Suzano no ES será em Cachoeiro de Itapemirim

Companhia vai investir R$ 130 milhões na indústria que terá como foco papel higiênico. Obras vão gerar 300 empregos. Outras 200 vagas serão abertas na operação

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 11:14- Atualizado há 4 anos

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Linha de produção de tissue na unidade Mucuri da Suzano Papel e Celulose. (Ricardo Teles/Divulgação Suzano)

A fábrica de papel que a Suzano vai construir no Espírito Santo ficará em Cachoeiro de Itapemirim e serão investidos R$ 130 milhões no negócio.  As informações foram confirmadas na manhã desta quinta-feira (19) pelo presidente da companhia, Walter Schalka, em coletiva de imprensa realizada no Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, com o governador Renato Casagrande.

A Gazeta antecipou na noite de quarta-feira (18) os planos da companhia em construir uma planta para produção de papéis higiênicos no Sul do Espírito Santo.  Segundo o diretor-executivo de Bens de Consumo, Luís Bueno, o local exato onde a fábrica vai ser instalada deverá ser decidido nos próximos dias.

Alguns terrenos estão sendo avaliados pela empresa. Mas o executivo adiantou que será um espaço com área de aproximadamente 100 mil metros quadrados (m²), sendo 40 mil m² deles de área construída e acessos para a unidade. 

A perspectiva é que a fábrica fique pronta no quarto trimestre de 2020 e tenha capacidade de produzir 30 mil toneladas por ano de papel higiênico.  A unidade, que vai fabricar papéis higiênicos de folhas duplas e triplas das marcas Mimo e Max Pure, vai ter o foco no mercado interno, sendo o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e Minas Gerais os principais clientes.  A matéria-prima que abastecerá a unidade será produzida pela própria Suzano na unidade Mucuri, no Sul da Bahia.

O empreendimento vai gerar cerca de 300 empregos diretos e indiretos durante a obra e 200 empregos diretos e indiretos na operação, além de fomentar a cadeia de fornecedores de suprimentos e insumo. De acordo com os executivos, a prioridade será por mão de obra local. 

Cachoeiro de Itapemirim. (Reprodução/Instagram)

Entre as razões para a escolha da região do Sul do Estado está a facilidade de acesso à BR 101 e a proximidade com grandes mercados consumidores. Além disso, como a Suzano já tem fábrica na Bahia, ao instalar a planta no Sul capixaba ela evita concorrer com uma unidade tão próxima. 

Além da fábrica de papel higiênico, a Suzano anunciou outros investimentos que juntos totalizam  R$ 933,4 milhões.  Um deles é a modernização da planta já existente em Aracruz, no Norte do Espírito Santo,  com previsão de R$ 272,4 milhões em investimentos.  

As obras vão ampliar a eficiência energética da fábrica, aumentar a competitividade e a geração de energia limpa, cujo excedente será colocado nas redes de transmissão do sistema brasileiro. Durante a execução do projeto, que terá duração de 24 meses, serão criados aproximadamente 300 postos de trabalho

A Suzano vai ainda direcionar recursos para a expansão da sua base florestal, hoje um dos desafios da empresa, que sofreu o impacto da seca nos últimos anos e teve sua área de plantio reduzida no Estado. 

A companhia planeja investir R$ 531 milhões nesse projeto, por meio de aquisição ou arrendamento de áreas rurais, plantios, conduções e tratos culturais. A iniciativa deve gerar 300 empregos diretos e indiretos nos dois primeiros anos após a obtenção das licenças, além de estimular a cadeia de fornecedores da região e o recolhimento de impostos.

UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS DE ICMS 

Vista áerea da unidade Mucuri da Suzano Papel e Celulose. (Ricardo Teles/Divulgação)

Os projetos, segundo o presidente da Suzano, Walter Schalka, serão viabilizados a partir da utilização de créditos de ICMS acumulados pela empresa em função de suas atividades de caráter essencialmente exportador no Estado.  A utilização desse mecanismo será possível a partir de uma lei enviada pelo governo do Estado e aprovada pela Assembleia Legislativa, em junho deste ano. 

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A legislação prevê que as companhias que enviam seus produtos para o exterior possam utilizar os créditos de ICMS acumulados na compra de equipamentos e na negociação para pagamentos de impostos e multas. Ela condiciona ainda que, para uma empresa usufruir desse mecanismo, é preciso apresentar um plano de investimentos ao Executivo.

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