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Bolsonaro sanciona socorro que dará R$ 2 bi ao Estado e a municípios do ES

Bolsonaro sanciona socorro que dará R$ 2 bi ao Estado e a municípios do ES

Presidente vetou quatro trechos do texto. Projeto prevê repasses para recompor perdas na arrecadação e para aplicação na saúde, além de suspensão do pagamento de dívidas. Também haverá o congelamento de salários de servidores

Publicado em 28 de maio de 2020 às 06:00- Atualizado há 4 anos

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Presidente da República, Jair Bolsonaro, participa por videoconferência
Presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o projeto de socorro federal. (Marcos Corrêa/PR)

ERRAMOS: Na versão anterior, publicamos que os servidores da saúde e assistência social ficariam de fora da proibição de reajustes. Na verdade, para eles, há a possibilidade de concessão de abonos temporários desde que estejam no enfrentamento da pandemia, mas o congelamento de salários em si será para todos os servidores. A matéria foi corrigida às 18h43 de 28/05.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou na noite desta quarta-feira (27), com quatro vetos, o projeto de socorro federal para Estados e municípios diante da crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. Serão repassados R$ 60 bilhões pela União para prefeituras e governos estaduais nos próximos meses, visando recompor perdas na arrecadação e auxiliar nos gastos extras com saúde e assistência social.

Só o Espírito Santo vai receber R$ 1,49 bilhão em repasses, somando prefeituras e governo. Serão transferidos R$ 946 milhões para o Tesouro estadual e R$ 539 milhões para municípios em quatro parcelas. Isso além de outros R$ 550 milhões de alívio financeiro com a suspensão do pagamento de dívidas com a União e bancos federais, totalizando um socorro financeiro de R$ 2 bilhões para o Estado.

A sanção foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Conforme antecipou a colunista Beatriz Seixas, o presidente vetou quatro trechos do texto por recomendação do Ministério da Economia e da Advogacia Geral da União (AGU). 

Bolsonaro vetou o trecho que previa que o congelamento de salários não valesse para servidores civis e militares que atuam no combate à pandemia. Com isso, fica proibido conceder aumentos salariais para todo o funcionalismo até 2021. 

A justificativa é que a proposta original permite que recursos tenham foco no problema durante a pandemia e prepara os entes para uma melhor condição fiscal no pós-crise.

Já para servidores da saúde e assistência social, há a possibilidade de concessão de abonos temporários desde que eles estejam no enfrentamento da pandemia, mas também sem reajuste de salários.

O presidente vetou ainda o trecho que permitia a suspensão de dívidas com bancos internacionais por parte dos Estados tendo a União como garantidora. A justificativa do Ministério da Economia é de que o não pagamento a organismos multilaterais por parte dos Estados os colocam como negativados perante esses organismos, dificultando e encarecendo operações futuras.

O governo do Espírito Santo já havia dito que continuaria pagando as dívidas com bancos internacionais para manter a condição de bom pagador. Só o governo do Estado teria um alívio fiscal de R$ 123 milhões neste ano se não pagasse esses débitos, segundo projeções do Ministério da Economia.

Outro veto diz respeito a despesas previdenciárias. No artigo que prevê a suspensão do pagamento de dívidas de municípios com a Previdência Social, foi vetado o trecho que dizia que os entes poderiam quitar as parcelas não pagas em 2020 somente após o fim do contrato de renegociação da dívida.

Por fim, ficou vetado também o trecho que suspendia o prazo de validade dos concursos públicos já homologados em todo o país até o término da vigência do estado de calamidade pública. A orientação da AGU é que a União não teria competência para disciplinar essa questão sobre os entes subnacionais.

O secretário da Fazenda do Espírito Santo, Rogélio Pegoretti, ressaltou que o projeto é de extrema importância para o Estado no momento. "O tempo que vai demorar para chegar é algo que o governo federal vai dizer, mas é uma ajuda muito bem-vinda e necessária, até diante da queda na arrecadação" comentou.

O presidente da Associação Capixaba dos Municípios (Amunes), Gilson Daniel, já havia declarado para A Gazeta que as prefeituras do Estado aguardam que os primeiros repasses sejam feitos o mais rápido possível, diante da queda brusca de arrecadação já vivida nas cidades.

VEJA OS REPASSES POR MUNICÍPIO DO ES

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