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Morte por Covid-19 no interior do ES supera a Região Metropolitana

Morte por Covid-19 no interior do ES supera a Região Metropolitana

Disseminação da doença em municípios do interior ganhou força e, consequentemente, aumentou a quantidade de óbitos

Publicado em 18 de julho de 2020 às 07:00

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Gráfico demonstra evolução do número de óbitos no Espírito Santo e também por região
Gráfico demonstra evolução do número de óbitos no Espírito Santo e também por região. (Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE))

A disseminação da Covid-19 pelo interior do Espírito Santo não amplia apenas o número de pessoas infectadas pelo coronavírus. Também já é maior a quantidade de mortes em comparação à Região Metropolitana. A marca foi alcançada na última semana epidemiológica, do período de 9 a 15 de julho. 

Enquanto VitóriaVila VelhaSerraCariacicaVianaFundão e Guarapari tiveram, juntos, 85 mortes, nos demais municípios classificados como interior houve 91, representando 52% dos óbitos. 

Os dados foram apresentados pelo professor Fabiano Petronetto do Carmo, do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em reunião do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE), do qual é integrante. O levantamento, segundo ele, é mais um indicador do avanço da Covid-19 por municípios do interior, que concentram 50% da população do Estado. 

Crescimento do número de mortes é acompanhado por semana epidemiológica
Crescimento do número de mortes é acompanhado por semana epidemiológica. (Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE))

Fabiano observa que em abril, no início da pandemia no Espírito Santo, a Região Metropolitana registrava cerca de 90% das mortes. No mês seguinte, passou a 70%; em junho, ficou em torno de 57%; e agora julho começa com a redução para menos da metade dos óbitos. 

Para ele, o aumento dos casos de Covid-19 no interior tem um componente ainda mais preocupante, que é o fato de a rede assistencial em saúde ter capacidade limitada de atendimento. "A maioria dos municípios tem apenas uma unidade básica e que, nem sempre, é eficiente. Não tem emergência, assistência especializada", atesta Fabiano. Para os pacientes que evoluírem com gravidade, o risco de morte torna-se maior. 

O professor ressalta, entretanto, que independentemente da região, as medidas de segurança, como uso de máscara e distanciamento social, são fundamentais para conter a doença. Além disso, ele lembra que o resultado das ações recentes de flexibilização de atividades começará a ser observado a partir de agora, podendo apresentar novos indicadores da Covid-19 no Estado.

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