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Fase crítica da Covid-19 pode demorar no interior do ES, diz secretário

Fase crítica da Covid-19 pode demorar no interior do ES, diz secretário

Segundo Nésio Fernandes, a margem de pessoas contaminadas no interior do Estado ainda é baixa, o que aponta um potencial de crescimento alto

Publicado em 13 de julho de 2020 às 17:35

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Nésio Fernandes e Luiz Carlos Reblin
Nésio Fernandes e Luiz Carlos Reblin. (Sesa)
Fase crítica da Covid-19 pode demorar no interior do ES, diz secretário

Em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (13) pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e pelo subsecretário de vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, foi dito que a margem de pessoas contaminadas pela Covid-19 no interior do Estado ainda é baixa, o que implica em assumir que, pelo contrário, o potencial de crescimento ainda é alto. "Percebe-se que a margem de crescimento da prevalência no interior ainda tem muito a avançar", disse Fernandes.

De acordo com o secretário, com a realização do inquérito sorológico em Governador Lindenberg, município ao Noroeste do Estado, nos últimos dias, observou-se que algumas regiões do interior ainda podem apresentar prevalências muito baixas da doença, ou seja, um percentual baixo de infectados pelo novo coronavírus. "De maneira preliminar, alguns municípios do interior ainda podem apresentar prevalências muito baixas da doença. Caso se confirme que a prevalência em Governador Lindenberg está abaixo de 2% do total de casos do município, percebemos que a margem de crescimento ainda tem muito a avançar e irá ocorrer de diferentes formas em municípios com diferentes graus de interação urbana", ressaltou.

Para ele, a depender de fatores como a existência ou não de transporte urbano coletivo e de atividade comercial mais intensa ou de menor intensidade, é possível que os municípios fora da Grande Vitória tenham que conviver com um período de contaminação mais duradouro do que em municípios com atividades mais intensas. "É possível que em municípios do interior tenhamos que conviver com uma prevalência latente mais longa do que em grandes municípios com atividades mais intensas. Essa prevalência latente vai corresponder ao grau de interação social que existe nestas localidades", afirmou.

"É possível esperar que as cidades com maior atividade urbana do interior chegue à estabilização antes das cidades menores. Sempre apontamos o atraso de três semanas do interior à Grande Vitória, mas isso não reflete à situação individual de cada cidade, porque ainda temos a baixa prevalência em cidades muito pequenas", esclareceu Nésio Fernandes.

INQUÉRITO SOROLÓGICO

No mesmo sentido, Reblin acrescentou que, a partir destas constatações, dá-se a importância do inquérito sorológico, que permitiu que fosse conhecida a realidade de cada região e que sejam moduladas medidas de liberação de atividades em função da prevalência da doença. "Se liberarmos atividades em municípios com 2% de prevalência, como se a vida estivesse com um comportamento normal, com certeza teríamos uma explosão de casos, consequentemente com casos graves, resultando em mortes das pessoas daquela região. Daí a importância de continuarmos nesse monitoramento e também com o controle de pessoas".

O subsecretário disse ainda que é importante conseguir retornar a uma fase da doença, que é a de transmissão local, para que seja possível monitorar a situação de cada região. "Porque aí saberíamos quem adoeceu a partir de qual pessoa doente. Quando estivermos novamente nesta fase, teremos muito mais segurança para a liberação das atividades de algum município", finalizou.

NOVA FASE DO INQUÉRITO SOROLÓGICO DEVE COMEÇAR NA PRÓXIMA SEMANA

O secretário Nésio Fernandes adiantou, na entrevista realizada nesta segunda-feira (13), que o próximo inquérito sorológico do Espírito Santo deve começar na próxima semana e acontecerá nos 13 maiores municípios do Estado.

Além disso, a autoridade apontou que é possível que haja retomada de atividades sociais em setembro. "É possível que retornemos a um conjunto maior de atividades sociais em setembro. No entanto, essa decisão não será tomada a partir de tendências e, sim, a partir de um contexto consolidado no Espírito Santo", adiantou Nésio Fernandes.

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