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Covid-19 no ES: número de pacientes em UTI é o maior desde julho

Covid-19 no ES: número de pacientes em UTI é o maior desde julho

Nesta segunda-feira (8), o Estado tem 572 internados em leitos intensivos; quantidade é uma das dez maiores de toda a pandemia; recorde do ES é de 600 internados em UTIs

Publicado em 8 de março de 2021 às 21:18- Atualizado Data inválida

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Imagens da chegada dos pacientes de Manaus infectados pelo coronavírus ao Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra
Nos últimos seis dias, o ES teve sempre mais de 520 pacientes internados em UTI . (Fernando Madeira | Arquivo)

A sensação é de que você já leu essa notícia antes. A verdade é que o número de pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por causa do coronavírus aumentou novamente e se aproximou ainda mais do recorde do Espírito Santo. Nesta segunda-feira (8), existem exatos 572 internados nessas condições.

Essa quantidade é a maior desde 13 de julho do ano passado — época do primeiro pico da pandemia no Estado. Naquela data, tinha 584 pessoas em leitos intensivos do Sistema Único de Saúde (SUS). Ambos os dias aparecem entre os dez com mais gente em situação grave, lutando contra a Covid-19.

600 internados
em UTIs é o recorde do ES em toda a pandemia, registrado em 5 de julho de 2020

É importante ressaltar que no início de julho do ano passado, o Espírito Santo contava com cerca de 690 leitos de UTI destinados exclusivamente à pandemia. Já nesta segunda-feira (8), o número total de vagas é o maior já alcançado em todo o período pandêmico: 724. Ou seja, aproximadamente 30 a mais.

Todos os dados utilizados pela reportagem são do Painel Ocupação de Leitos Hospitalares, que é atualizado diariamente pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Nele constam informações referentes a todas as internações por Covid-19 realizadas no Espírito Santo desde o dia 15 de abril de 2020.

ANÁLISE DO ESPECIALISTA

Médico infectologista, Paulo Peçanha vê o número atual de internados nas UTIs capixabas com preocupação e ressalta o momento crítico que o Brasil vive. "É um alerta, sobretudo porque em vários Estados o número de casos tem aumentado exponencialmente, colocando muita pressão nos sistemas de saúde", analisa.

"A grande preocupação é como essa pandemia vai ou pode evoluir aqui no Espírito Santo, em termos de casos e internações, e como vamos conseguir nos adaptar a essa possibilidade de aumento. Até que ponto o Estado consegue expandir o número de vagas para conseguir suportar a demanda?", questiona.

Aspas de citação

Eu acho que existe o risco de chegarmos ao limite da nossa capacidade de internação

Paulo Peçanha
Médico Infectologista
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Para evitar o colapso em um futuro próximo, Paulo Peçanha defende que é preciso um acompanhamento mais rigoso por parte do Governo Estadual, "para cobrar o uso de máscara que já é obrigatório há um ano, para evitar aglomerações em festas e bares, e solucionar a questão relativa à superlotação do transporte público".

Além disso ele reforça que as medidas de distanciamento social seguem sendo necessárias e é preciso acelerar a vacinação. "O uso de máscara, a higienização das mãos e evitar aglomerações são necessárias com ainda mais rigor nessa fase. E a vacina é a solução definitiva para esse problema", afirma o especialista.

Uso de máscara nas ruas de Vitória
Superlotação dos transportes públicos é uma situação que precisava ser revista pelo Estado, de acordo com especialista. (Carlos Alberto Silva)

MAIS LEITOS DE UTI ATÉ FINAL DE ABRIL

No início da semana passada, o governador Renato Casagrande anunciou o cronograma da segunda fase de expansão de leitos para a Covid-19. A previsão é que até o final do próximo mês de abril, o Espírito Santo conte com mais 158 vagas de UTI — das quais dez já foram abertas no último sábado (6), na Capital.

Além das entregues no Hospital Vitória, na Praia do Canto, o cronograma prevê que outras 60 devem ficar disponíveis até o final desta quinzena, e mais 48 até o final do mês. Com a ampliação da rede hospitalar, o Governo Estadual espera poder atender todos os casos do coronavírus, sem precisar decretar medidas como o lockdown.

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