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Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 13:30
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que as obras de construção do novo Pavilhão de Carapina, na Serra, deverão ser iniciadas nos primeiros meses de 2026. Conforme o mandatário, em entrevista para a reportagem de A Gazeta nesta terça-feira (23), os trâmites visando à contratação da empresa responsável pelas intervenções no empreendimento estão em fase de finalização.>
Como mostrou reportagem publicada por A Gazeta, no último dia 2, foi definido o responsável pela construção do novo Pavilhão de Carapina. O vencedor da licitação foi o consórcio C.C.G Construções Ltda., do Espírito Santo, após uma disputa com outras 12 empresas. O prazo de execução é de 1.275 dias corridos, o equivalente a três anos e meio. Dessa forma, a inauguração está prevista para 2029. >
"Nós avançamos muito porque a cadeia do turismo está fortalecida e o Espírito Santo hoje tem uma infraestrutura turística robusta. Estamos finalizando a fase de contratação (das obras) do novo Centro de Convenções e, em 2026, vamos iniciar as obras do Centro de Convenções", afirmou o governador, ao responder sobre os investimentos na área do turismo para o próximo ano.>
No caso do novo Pavilhão de Carapina, o julgamento para escolher a empresa responsável pela obra considerou critérios técnicos e de preço. O governo do Estado estabeleceu o valor de R$ 228,6 milhões como limite máximo para tirar o projeto do papel, sendo que a vencedora apresentou a proposta de R$ 221 milhões para executar os serviços.>
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Outra entrega prometida por Casagrande para os primeiros meses de 2026 diz respeito ao Cais das Artes. De acordo com o mandatário, está mantida para janeiro a inauguração do museu do complexo cultural. A expectativa inicial era que essa etapa da obra fosse inaugurada em dezembro deste ano. >
"O museu a gente vai entregar no dia 24 ou 29 de janeiro. Nós vamos até tentar trazer uma ação cultural, uma apresentação cultural para a inauguração. Mas é difícil conseguir alguém para se apresentar nessa data, pela quantidade de eventos no Brasil inteiro", afirmou o socialista.>
Apesar de o Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES) ter apontado, por meio de uma manifestação técnica, que o teatro que integrará o Cais das Artes pode ser entregue somente nos primeiros meses de 2027, devido à inconsistência no cronograma das obras encaminhado pelo Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado (DER-ES), o governador sustentou, nesta terça-feira (23), que essa fase do empreendimento seguirá com data de entrega prevista para o início do segundo semestre de 2026.>
O prazo informado por Casagrande é o mesmo que ele havia anunciado em outubro deste ano, durante evento em que a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) assumiu a gestão do complexo cultural.>
"O teatro está programado para o início do segundo semestre do ano que vem. Essa é a data que foi dita e que estou trabalhando com ela. Acho que o DER-ES e o Tribunal de Contas (...) o DRE-ES também procura ser um pouco mais conservador ao dar as informações. Nós trabalhamos com a data no início do segundo semestre para fazer a inauguração do teatro", reforçou Casagrande.>
O desencontro no cronograma anunciado pelo DER-ES e pelo governo do Estado está em documento de 18 páginas que embasou o voto do conselheiro Davi Diniz, do TCES, para condenar o diretor-geral do órgão estadual, José Eustáquio de Freitas, ao pagamento de multa de R$ 15 mil.>
A obra do Cais das Artes começou oficialmente em 2010, no fim do segundo mandato do então governador Paulo Hartung. O investimento total seria de R$ 115 milhões. A previsão inicial de entrega do empreendimento era para 2012, mas uma série de contratempos e judicializações resultou no atraso da obra. >
Em 2013, um novo contrato foi firmado para continuidade das obras. Porém, em 2015, foram constatadas irregularidades na execução do projeto, inclusive com pagamentos indevidos. Já em 2023, oito anos depois da paralisação e dois anos após a morte do arquiteto Paulo Mendes da Rocha (autor do projeto), Casagrande anunciou a retomada diante do acordo judicial com o consórcio Andrade Valladares-Topus, prometendo a entrega do espaço até janeiro de 2026.>
À época, o governo do Estado divulgou que seriam desembolsados R$ 183 milhões para as operações, sendo R$ 20 milhões para recuperação e limpeza do canteiro de obras e R$ 163 milhões para as demais atividades. Até ali, já haviam sido pagos R$ 56 milhões à Santa Bárbara, primeira empresa que executou a obra, e outros R$ 76 milhões destinados para o Consórcio Andrade Valladares-Topus para a parte do projeto que foi executada até a paralisação de 2015.>
O desenho original do complexo cultural prevê um teatro com 600 metros quadrados, que deve comportar 1,3 mil lugares, e um museu com espaço de 2,3 mil metros quadrados. Além disso, o Cais das Artes deve contar com um auditório para 225 pessoas, salas de exposições, biblioteca, cantina, recepção, cafeteria e espaços para espetáculos e exposições ao ar livre.>
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