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PF apreende passaporte de Jair Bolsonaro na sede do PL, em Brasília

PF apreende passaporte de Jair Bolsonaro na sede do PL, em Brasília

Local foi um dos alvos das operações de busca e apreensão realizadas nesta quinta-feira (8)

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 15:27

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SÃO PAULO - O passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cuja entrega foi requerida pela Polícia Federal (PF) e determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, já está em posse das autoridades.

O documento estava guardado no escritório que o ex-mandatário mantém na sede do PL, em Brasília. O local foi um dos alvos das operações de busca e apreensão realizadas nesta quinta-feira (8).

Presidente Jair Bolsonaro fala com a imprensa no Palácio da Alvarada sobre o resultado das eleições
Presidente Jair Bolsonaro fala com a imprensa no Palácio da Alvarada sobre o resultado das eleições. (Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil - 03/10/2022 )

"Entrei em contato com o delegado que conduzia a diligência para que o mesmo já procedesse ao recebimento do passaporte atendendo, assim, a determinação do ministro [Alexandre de Moraes]. O delegado atendeu meu pedido e emitiu certidão da entrega", afirma o advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que integra a defesa do ex-presidente.

Bolsonaro estava em sua casa na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), quando a PF bateu à sua porta. Tercio Arnaud Thomaz, um dos assessores do ex-presidente e também alvo da operação, estava no local com ele.

"Saí do governo há mais de um ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável", disse Bolsonaro numa ligação de WhatsApp por vídeo à reportagem.

Além de determinar a entrega do passaporte, a PF informou a Bolsonaro que ele está proibido de se comunicar com os outros alvos da operação.

O ex-presidente afirmou à reportagem que está ainda se inteirando das buscas e apreensões e das prisões e que não poderia dar mais declarações. "Estou tentando entender, parece que é um novo inquérito", disse.

A PF deflagrou nesta quinta a Operação Tempus Veritatis para apurar organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito.

Ela teria tentado obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder mesmo depois de derrotado por Lula (PT) nas eleições.

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Decisão do ministro Alexandre de Moraes na Operação Tempus Veritatis

Tamanho de arquivo: 8mb

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Segunda decisão do ministro Alexandre de Moraes na Operação Tempus Veritatis

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As informações que embasaram a operação foram coletadas na delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

Os policiais cumprem 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em dez estados e no Distrito Federal (DF).

Dois ex-assessores de Bolsonaro — o coronel Marcelo Câmara e Filipe Martins — foram presos. Câmara já era investigado no caso da fraude ao cartão de vacinação do ex-presidente. Martins foi assessor especial para Assuntos Internacionais do ex-presidente.

Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.

Entre os alvos da operação estão os ex-ministros de Bolsonaro general Augusto Heleno (GSI), general Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça) e o ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira, como mostrou a Folha de S.Paulo.

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