Publicado em 3 de março de 2022 às 16:27
Com a busca por novas moradias, que se iniciou ainda em 2020 por conta da pandemia e do home office, o ano de 2021 encerrou de forma positiva para o mercado imobiliário capixaba, que manteve a curva de retomada dos lançamentos em ascensão. Na Grande Vitória, foram lançadas 6.099 novas unidades residenciais no ano passado, contra 4.519 em 2020. Um aumento de 25%, mesmo percentual verificado a nível nacional, que totalizou 265.678 unidades lançadas em 2021, ante 211.062 no ano anterior. >
As tipologias mais ofertadas na Região Metropolitana foram de imóveis de médio e alto padrão, que somaram 4.191 moradias, enquanto o segmento econômico totalizou 1.908. Cenário bem diferente de 2020, quando os imóveis populares eram maioria da oferta.>
Com isso, mesmo sendo um ano eleitoral, com inflação crescente e elevação da taxa Selic, que impacta diretamente nas taxas de juros de financiamento imobiliário, o mercado vê 2022 com uma perspectiva otimista, mesmo que este ano possa não ter os mesmos números do ano passado. >
Esse otimismo para novos investimentos está no desempenho sustentável das vendas, que registraram crescimento de 12,8% em todo o Brasil, segundo a pesquisa Indicadores Imobiliários, realizada pela Brain Inteligência Estratégica, parceira da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção e do Senai. >
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FOI O CRESCIMENTO DAS VENDAS NO BRASIL, EM 2021
Segundo o presidente da Ademi-ES, Eduardo Fontes, a pesquisa mostra o crescimento desde o início da pandemia no Brasil, que provocou o aumento de preços dos materiais de construção e a expectativa é que 2022 será um bom ano de vendas. "O mercado imobiliário continua resiliente e estável, nos patamares de 2021. Tivemos um início de ano com crédito imobiliário da Caixa e do Banestes com índices maiores do que no mesmo período do ano passado", diz.>
Um exemplo é o da Lotes CBL, que diante da grande procura no ano passado teve de renovar seus estoques se renovarem com novos lançamentos. “Em 2021, a CBL lançou 640 lotes em Viana e Ibiraçu. Foi um grande ano para o segmento de loteamentos e essa nova oferta foi importante para renovar o nosso estoque, que desde o início da pandemia teve uma redução significativa com a grande procura dos clientes por lotes em todo o Estado”, conta o gerente geral de Vendas da CBL, Renato Nolasco. >
No Sudeste, as vendas também acompanharam o que foi registrado pelo país, liderando o ranking das regiões com a melhor velocidade de vendas. A pesquisa mostrou também que o nível de intenção de compras voltou ao patamar de estabilidade. O indicador subiu 3% em fevereiro deste ano, após uma queda de 7% registrada em maio de 2021. >
E ainda o índice FipeZap mostrou que duas cidades da Grande Vitória entraram para a lista das 10 maiores valorizações imobiliárias do país, em 2021: Vila Velha, a 4ª mais valorizada, com índice de 20,24%; e Vitória, 5º lugar, com valorização de 19,86%. >
“Teremos um patamar de economia diferente este ano para os lançamentos de empreendimentos. E os indicadores de intenção de compra permanecem os mesmos dos últimos anos, o que é positivo. Por isso, estamos otimistas com 2022, mesmo com desafios por ser um ano eleitoral e termos novos patamares de juros”, afirma.>
Por outro lado, períodos de insegurança na economia também são marcados por uma grande procura por produtos do segmento. Para o consultor imobiliário Juarez Gustavo Soares, o imóvel se torna um seguro em momentos de incerteza, como uma forma de proteger o patrimônio financeiro. >
“A pesquisa apresenta números que são um olhar para o retrovisor, que mostra o que o ano de 2021 foi bom para o mercado, retratando o seu dinamismo. Olhando para a frente, temos um cenário de juros altos, inflação. E, em momentos de insegurança, as pessoas buscam o que é seguro, que é o investimento em imóveis. Este é o ano do investimento seguro”, avalia.>
Para o diretor comercial da Morar, Filippe Vieira, este é o momento certo para quem está pensando em adquirir um imóvel, principalmente no segmento econômico, que passou por mudanças no programa Casa Verde e Amarela. >
“Diferente do médio e alto padrão, que tiveram aumento das taxas de juros, os imóveis econômicos não passaram por mudança na taxa e houve aumento do subsídio. Isso mostra a força do imóvel econômico, o que deixa o mercado bastante otimista também. Vejo um cenário positivo para 2022”, avalia. >
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