Ronda ostensiva em Vitória: "Cadê as políticas públicas?", diz leitor

Vitória anunciou que terá guarda especializada para atuar em áreas perigosas, a Ronda Ostensiva Municipal (Romu). Leitores opinaram

Publicado em 05/02/2021 às 16h31
Atualizado em 05/02/2021 às 16h31
Vitória - Operação da Guarda Municipal de Vitória na Vila Rubim. Eles fizeram abordagens em ônibus e motociclistas
Operação da Guarda Municipal de Vitória. Crédito: Fernando Madeira

Vitória vai contar, nos próximos meses, com uma nova equipe da Guarda Municipal de Vitória especializada para atuar em áreas perigosas: a Ronda Ostensiva Municipal (Romu). Segundo o secretário municipal de Segurança Urbana da Capital, Ícaro Ruginski, a Romu será formada por guardas municipais que já trabalham na cidade.

"A Romu fará patrulhamento nas áreas mais perigosas, de acordo com as estatísticas e informações trabalhadas pelo nosso setor de inteligência. O objetivo não é excluir as atribuições da Polícia Militar e Civil, ao contrário. É ajudar a garantir a segurança da população de Vitória", disse o secretário. Leitores opinaram sobre a novidade nas redes sociais. Confira alguns comentários:

Ninguém se questionou porque as áreas perigosas são áreas perigosas. Faltam investimentos em saúde e educação. O modelo de resolver tudo na bala vai gerar mais caos que solução, RJ e SP são exemplos da ineficiência da medida. Enquanto isso, locais como Jardim da Penha, Jardim Camburi e Praia do Canto bastam colocar câmeras. ACORDA Vitória! Isso é política de morte contra a periferia. Uma medida totalmente distante para resolver o problema. (Igor Cian)

Cadê as políticas públicas para acabar com a criminalidade? Ao invés de investir no que acaba de verdade com o crime (educação!), o governo investe em aparato de repressão pra piorar a situação. (Gabriel Braga)

É disso que precisam as "áreas perigosas"? A população merece respeito e investimento em políticas sociais... Saúde, educação, lazer, trabalho... Investir em repressão me parece mais do mesmo. (Fernanda Nunes da Silva)

"Área Perigosa" tipo onde precisa de mais escola, mais saúde, mais lazer, mais cultura, mais planejamento urbano, mais saneamento básico, né?! Porque é isso que coloca a população em risco em bairros periféricos! (Ligia Sancio)

Os "equipamentos adequados": armas para reprimir a população da periferia. (Marcos Porfiro)

Quem não conhece a realidade investe em aparato de repressão. Quero ver pensar um transformação pelo viés da política social. É isso. O "novo" sendo o velho. (Marcos Frisso)

O que será feito nessas comunidades para torná-las menos perigosas? Quais políticas públicas estão sendo executadas para interromper esse ciclo de violência? (Adriana Pedroni)

Queria ver capacitando jovens, implantando políticas sociais, geração de emprego. (Maristela Cebin)

Guarda Municipal realizando patrulhamento ostensivo? Me pergunto se isso é constitucional? Pois somente as PF, PRF, PFF e PM possuem competência ostensiva... (Kassia Machado)

E condição pro povo ter um trabalho? Tem que ter também... Se não é só mais do mesmo. (Wagner Dos Santos)

Defina “área perigosa”. Muitos pontos da Praia do Canto, Jardim Camburi, Jardim da Penha, Praia de Santa Helena, Bento Ferreira, também podem ser considerados como regiões dignas de uma “ronda ostensiva”. No entanto, o medo de uma bala perdida atingir o neto de um desembargador é impeditivo para essa tal “ronda ostensiva”. Mas nenhum problema em aplicá-la na periferia, já que não tem nenhum problema assassinar uma criança, um inocente, um estudante, um trabalhador por lá... são “casualidades” na “guerra” ao tráfico, à bandidagem. (Ivana de Mingo)

Vitória precisa de oportunidade, Vitória precisa de projetos sociais nas comunidades e não de mais polícia. (Willian Junior)

Ações sociais já! Isso é falácia demagógica! O Estado deve garantir os direitos constitucionais. (Pedro M. R. Neto)

Áreas perigosas precisam de investimentos em saúde, educação e lazer. Além de segurança. (Michael Moratti)

A justiça não soltando os criminosos depois, tá ótimo. (Grace Aragão)

O morro não precisa de polícia, mas sim de educação e oportunidade. Cai fora com essa política genocida. (Luca Lima)

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