Publicado em 16 de setembro de 2020 às 06:01
O Republicanos e o PL da Serra vão caminhar juntos na eleição para prefeito do município. Em convenção conjunta dos dois partidos, realizada na noite desta terça-feira (15), foi confirmada a candidatura do deputado estadual Alexandre Xambinho (PL) ao comando do Executivo.>
O apoio do Republicanos foi pleiteado por muitos candidatos no município, após o anúncio do deputado federal Amaro Neto (Republicanos) de que não seria candidato por lá. Contudo, Amaro não esteve presente e informou, via assessoria, que não definiu quais candidatos de outros partidos vai apoiar e que ainda vai dialogar com possíveis aliados. O apresentador de TV, no entanto, gravou um vídeo de apoio ao prefeito de Linhares, Guerino Zanon (MDB), que vai disputar a reeleição.>
Ao som de "noites traiçoeiras", o presidente estadual do PL, o ex-senador Magno Malta, e Xambinho destacaram em seus discursos que o apoio de políticos tradicionais "não é tudo em uma campanha" e pontuaram que em suas trajetórias conseguiram sair vitoriosos mesmo quando não eram favoritos em eleições.>
"As forças políticas tradicionais podem estar ao seu lado, você pode ter apoio do mundo inteiro, mas se Deus não tiver escrito que é o seu momento, você não vai se eleger. Quando fui candidato a senador, diziam que eu era cavalo paraguaio, mas me elegi. Xambinho é um jovem que tem potencial e que sempre buscou o melhor para o seu município", disse Magno.>
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Xambinho filiou-se ao PL este ano, após quase migrar da Rede para o Republicanos. Um de seus assessores chegou a assumir a presidência do partido na Serra, no final do ano passado. Contudo, em março, com a transferência de domicilio eleitoral de Amaro de Vitória para a Serra, o deputado estadual teve que procurar uma nova legenda. >
No início, alguns partidos fecharam as portas para mim. Fui vereador com a força dos meus amigos, que me ajudaram na campanha. Sou um jovem sonhador, acredito na política, apesar de muitos me desencorajarem. Quero ser prefeito da Serra para ampliar o acesso dos mais necessitados aos serviços públicos, afirmou Xambinho.>
O Republicanos flertou com o apoio a Fábio Duarte (Rede), apontado como sucessor da gestão do atual prefeito Audifax Barcelos (Rede). O partido de Amaro tinha como presidente no município o secretário de Agricultura da Serra, Jean Carlo Cassiano, aliado de Audifax e que tentou levar a sigla para a candidatura da Rede. As conversas não avançaram e Jean acabou deixando o cargo no início de setembro, assumindo em seu lugar Celso Barcelos, que pavimentou o caminho até Xambinho.>
Na convenção, o Republicanos encaminhou que indicará a vice na chapa de Xambinho e que seria uma mulher, para cumprir a cota eleitoral feminina do partido. Um nome deve ser definido nos próximos dias. Segundo Celso, a aproximação do Republicanos com o PL segue uma tendência estadual, em que os dois partidos têm se aliado no campo da centro direita.>
"Apesar de não ter candidatura própria na Serra, nosso partido tem propostas e um plano de governo que será construído junto com Xambinho. Nós acreditamos que apostar em jovens na política, como o deputado, faz bem para a renovação serrana e as propostas que ele tem para o município também são próximas das nossas", contou o dirigente do Republicanos na Serra.>
O PSOL também realizou sua convenção na noite desta terça-feira na cidade. O partido terá como co-candidatos a prefeito Ledeil Doná (PSOL) e Romário Nogueira. A ideia do partido é construir uma gestão, caso sejam eleitos, que dividam o comando por áreas e que o cargo de vice-prefeito seja mais do que uma função sem muitas atribuições, como pontuaram.>
O cabeça de chapa será Ledeil, que já participou de movimentos sociais pela igreja católica e é microempresário. Romário, vice na chapa, é funcionário aposentado da Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Espírito Santo (Ceturb-ES).>
"Nossa candidatura tem como propósito fazer a sociedade se interessar pela política. A Serra vive há 40 anos com gestões que não têm aberto o diálogo para a participação civil, o orçamento participativo não é cumprido e as grandes obras realizadas, embora importantes, talvez não sejam a prioridade que as pessoas querem neste momento. Vamos levantar este debate durante a campanha", apontou Ledeil.>
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