Publicado em 9 de dezembro de 2020 às 22:07
Prefeito de Vitória a partir de 2021, Lorenzo Pazolini (Republicanos) quer que a solenidade de posse, marcada para o dia 1 de janeiro, seja realizada de forma virtual. A ideia, segundo ele, é evitar aglomeração devido à pandemia da Covid-19. Caso não seja possível, uma outra alternativa, para ele, é que a posse não tenha a presença do público.>
"No que depender da minha vontade, será inteiramente virtual, não haverá solenidade. Mas a decisão cabe à Câmara", declarou durante participação do Papo de Colunista, de A Gazeta, nesta quarta-feira (09).>
Durante a entrevista, o prefeito não descartou que o presidente da Câmara, Cléber Félix (DEM), e a vereadora Neuzinha (PSDB), façam parte do secretariado da Prefeitura de Vitória. Os dois parlamentares finalizam mandato este ano pois não se reelegeram. Eles estiveram ao lado de Pazolini durante a campanha.>
Como o próprio Pazolini afirmou, a decisão sobre a solenidade de posse não cabe ao prefeito eleito, mas aos vereadores, que são os responsáveis por dar posse ao chefe do Executivo Municipal no dia 1º de janeiro.>
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De acordo com parlamentares da atual legislatura, o regimento interno da Câmara Municipal de Vitória não permite que o evento seja feito de outra forma que não seja presencial. É necessária a presença do prefeito eleito para assinatura do livro de posse. >
Com isso, a única forma de permitir que a cerimônia seja totalmente virtual, é por meio de uma alteração no regime interno. Isso teria que ser feito pelos membros da nova legislatura, que também tomam posse no dia 1º de janeiro. A situação demandaria a realização de uma sessão entre os novos parlamentares, já neste dia, para aprovar um projeto, o que, na visão deles, não é viável. >
Por meio de nota, a Câmara de Vitória informou que aguarda formalmente a solicitação do prefeito eleito. "Será dialogado com a atual e a próxima legislatura a melhor maneira de realizar a solenidade.">
Pazolini frisou que, caso a solenidade não seja totalmente virtual, ele pretende fazer um evento reservado, sem convidados. "Quero respeitar o regimento interno e a Lei Orgânica. Se não for possível, farei a assinatura do livro em um outro momento, ou no primeiro dia em uma cerimônia reservada, que tenha apenas eu com o prefeito atual", afirmou.>
A Prefeitura de Vitória, que hoje é comandada pelo prefeito Luciano Rezende (Cidadania), foi procurada pela reportagem e informou que "a equipe do prefeito eleito, Lorenzo Pazolini, definirá o formato da solenidade da posse". As duas equipes já estão trabalhando para organizar o evento. >
Antes da posse, os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos precisam ser diplomados pela Justiça Eleitoral. Na Capital, a cerimônia acontece no dia 16 de dezembro e será, pela primeira vez, realizada virtualmente. A modalidade de cerimônia foi solicitada por Pazolini ao juiz eleitoral, que aceitou o pedido. Ela será pela plataforma Zoom.>
Além de Pazolini, o prefeito eleito em Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos) também vai ser diplomado por meio de modalidade virtual. >
A diplomação é uma formalidade em que os eleitos recebem oficialmente o título que atesta que o candidato foi efetivamente eleito pelo povo e, por isso, está apto a tomar posse no cargo. O documento garante que serão empossados nos novos cargos. >
A 20 dias de assumir o cargo, Pazolini ainda evitou revelar nomes que estarão em seu secretariado, e afirmou que a equipe ainda está sendo definida.>
"Nós tínhamos uma transição em dois meses, 60 dias, com o fim das eleições em outubro. Com o calendário da pandemia, hoje temos em quase 20 dias úteis, pois é só o mês de dezembro. Nós não conseguimos parar para definir. Nós fizemos a primeira reunião da transição logo após a eleição. Tem que justificar essas olheiras, o tempo tem sido implacável conosco", brincou. >
Ao ser questionado se o atual presidente da Câmara de Vitória, Cléber Félix (DEM), e a vereadora Neuzinha (PSDB) poderiam compor a equipe, ele não descartou. >
"Nós não iremos escolher os nossos auxiliares simplesmente pelo critério político. Na equipe de transição, está muito claro isso. O nosso compromisso é com a equipe técnica, mas a boa política deve ser preservada, até porque a atividade envolve a política, diálogo. A boa política deve ser reconhecida, e é o que nós faremos. Temos que ter a habilidade para atrair esses dois mundos, da técnica e da boa política, isso é um desafio. Em tese sim, nenhuma objeção", afirmou.>
Clebinho, como é conhecido, chegou a lançar pré-candidatura para prefeito, mas voltou atrás e esteve ao lado de Pazolini desde o início da campanha. >
Já Neuzinha concorreu para a Prefeitura. Durante as convenções, ela foi cotada para ser vice de Pazolini, mas permaneceu com a candidatura para prefeita. No segundo turno, a vereadora declarou apoio ao prefeito eleito. >
Outros nomes que foram citados durante a entrevista como possibilidade de compor o secretariado, foi o da vice-prefeita Capitã Estéfane (Republicanos), do ex-secretário de Segurança do Estado Henrique Herkenhoff, e do delegado da Polícia Civil Ícaro Ruginski. Os dois últimos fazem parte da equipe de transição do prefeito eleito. >
Pazolini disse que qualquer um dos três poderia assumir a secretaria de Segurança, mas não descartou que pode nomear alguém de fora. "São excelentes nomes, temos que reconhecer o trabalho que é feito no Espírito Santo, mas nada impede que seja outro nome também.">
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