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Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 13:50
Condenado a 17 anos de prisão por tentativa de golpe em julgamento realizado em outubro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o major da Reserva do Exército Angelo Denicoli, morador de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, teve a prisão domiciliar decretada na sexta-feira (26) pelo ministro Alexandre de Moraes, que também estabeleceu outras medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica. >
O major capixaba, acusado de fazer parte do Núcleo 4, responsável pela disseminação de mentiras contra o sistema eleitoral brasileiro, foi um dos alvos da ação da Polícia Federal neste sábado (27), em cumprimento à decisão de Moraes, que também tinham outros nove condenados no mesmo processo na lista de cumprimento de prisão domiliciliar.>
Na decisão, Moraes justifica que determinou a prisão domiciliar do major capixaba para evitar novas fugas diante do histórico de evasão de outros envolvidos, como Alexandre Ramagem, mantido clandestinamente nos EUA, e Silvinei Vasques, que foi recentemente preso no Aeroporto de Assunção, no Paraguai, ao tentar fugir para El Salvador com documentos falsos após romper sua tornozeleira eletrônica. >
A decisão impõe ainda restrições como o uso de tornozeleira eletrônica, a entrega de passaportes e a proibição total de acesso a redes sociais e também de visitas. Além da privação de liberdade, a sentença suspende registros de armas de fogo.>
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O descumprimento de qualquer uma das regras impostas resultará na revogação imediata do benefício e na decretação da prisão preventiva em estabelecimento penal.>
Segundo a Polícia Federal, as ordens judiciais estão sendo cumpridas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal, com apoio do Exército Brasileiro em parte das diligências.>
De acordo com o ministro Alexandre, o major da reserva do Exército Angelo Denicoli tinha vínculo permanente com os demais integrantes da organização criminosa.>
Segundo o relator, ficou comprovado que Denicoli participou da chamada “Abin Paralela” e serviu como elo entre os membros do grupo e o influenciador argentino Fernando Cerimedo, que, em novembro de 2022, fez uma transmissão ao vivo em que anunciou um dossiê com supostas fraudes nas urnas eletrônicas. Foi ele quem forneceu o material utilizado na disseminação dessa narrativa falsa.>
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