> >
Trama golpista: PF cumpre 10 mandados de prisão domiciliar em operação que inclui o ES

Trama golpista: PF cumpre 10 mandados de prisão domiciliar em operação que inclui o ES

Segundo a PF, os mandados contra condenados estão sendo cumpridos também nos Estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal

Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 10:12

Um dia após a tentativa de fuga do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, a Polícia Federal (PF) cumpre dez mandados de prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, contra os outros condenados pela trama golpista. A medida atinge réus dos núcleos 2, 3 e 4 da tentativa de golpe. Filipe Martins, que foi assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um dos alvos.

Segundo a PF, os mandados estão sendo cumpridos nos Estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal. Ainda de acordo com a PF, o Exército Brasileiro participa das diligências.

De acordo com informações do G1, entre os alvos das ordens de prisões domiciliares está o major capixaba Angelo Denicoli, da reserva do Exército, que foi condenado no núcleo 4 da tentativa de golpe a 17 anos de prisão. O morador de Colatina foi acusado de participar de disseminação de mentiras contra o sistema eleitoral brasileiro.

O G1 informou que os alvos das ordens de prisões domiciliares neste sábado são:

  • Filipe Martins (está no Paraná), ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • Ângelo Denicoli (ES), major da reserva do Exército;
  • Bernardo Romão Corrêa Netto (DF), coronel do Exército;
  • Fabrício Moreira de Bastos (TO), coronel do Exército;
  • Giancarlo Rodrigues (BA), subtenente do Exército;
  • Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (RJ), tenente-coronel do Exército;
  • Marília Alencar (DF), ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça;
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (RJ), ex-major do Exército;
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal.

Também segundo o G1, além da prisão domiciliar, foram impostas medidas cautelares como a proibição de uso de redes sociais, de contato com outros investigados, a entrega de passaportes, a suspensão de documentos de porte de arma de fogo e a proibição de visitas.

Major Angelo Martins Denicoli, acusado de participar da trama golpista após as eleições de 2022
Major Angelo Martins Denicoli, acusado de participar da trama golpista após as eleições de 2022 Crédito: Facebook/Reprodução

Quem é o major alvo da ação da PF

De acordo com o ministro Alexandre, o major da reserva do Exército Angelo Denicoli tinha vínculo permanente com os demais integrantes da organização criminosa.

Segundo o relator, ficou comprovado que Denicoli participou da chamada “Abin Paralela” e serviu como elo entre os membros do grupo e o influenciador argentino Fernando Cerimedo, que, em novembro de 2022, fez uma transmissão ao vivo em que anunciou um dossiê com supostas fraudes nas urnas eletrônicas. Foi ele quem forneceu o material utilizado na disseminação dessa narrativa falsa.

  • Viu algum erro?
  • Fale com a redação

Tópicos Relacionados

Atos Golpistas

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais