Publicado em 16 de novembro de 2020 às 01:25
Com 37.373 votos (o equivalente a 21,82% dos votos válidos), o ex-prefeito de Vitória João Coser (PT) comemorou sua ida para o segundo turno das eleições municipais de 2020, em que vai enfrentar Lorenzo Pazolini (Republicanos), no próximo dia 29.>
Empolgado, Coser disse que agora prepara nova estratégia e pretende, inclusive, incorporar às suas pautas parte dos projetos dos candidatos já desclassificados.>
"No primeiro turno, houve muito pouco espaço para debate realmente. Com tantos candidatos, era um cenário muito diferente do que vamos enfrentar agora. Mas estou confiante. A cidade já me escolheu no passado e pode escolher de novo." >
Em seu escritório no bairro Jabour, o petista festejou o avanço sobre Fabrício Gandini (Cidadania). Na última pesquisa do Ibope, divulgada neste sábado (14) por A Gazeta, Coser, Gandini e Pazolini apareciam empatados tecnicamente.>
>
A contagem final dos votos foi divulgada poucos minutos antes das 23h. Talvez por isso o número de apoiadores reunidos em frente ao comitê do candidato tenha sido reduzido. Entre 20 e 30 pessoas marcaram presença para parabenizar o candidato na noite deste domingo (15).>
Segundo o candidato, não há planos de grandes obras, mas principalmente projetos voltados à população em situação de vulnerabilidade.>
"Já tenho em mente que, se eleito, 2021 será desafiador em função da pandemia. Vamos precisar de um grande programa de proteção social, pensando na segurança alimentar das famílias, e temos algumas ideias envolvendo restaurantes populares, entre outros. Pensamos ainda em criar um banco comunitário para financiar os pequenos negócios. Uma parte das nossas empresas está com o futuro comprometido. A ideia é que possamos cuidar das pessoas e cuidar da economia, mantendo as empresas de pé para gerarem emprego e renda.">
Como avalia essa ida para o segundo turno? >
Primeiro agradecer a todas as pessoas que confiaram em mim, votaram. Segundo, agradecer a Deus porque é uma obra que contou muito com minha fé, minha esperança. Fui prefeito da cidade por duas vezes e sei o quanto é desafiador governar uma cidade. Então acho que essa ideia do chamado da rua, o Volta, João foi fruto de uma motivação de pessoas, lideranças comunitárias, empresariais, culturais, diversos setores, e que acabaram contribuindo para a formulação de um plano de governo, com muita integração, muita participação. E Deus nos deu a oportunidade de ir para a rua fazer essa campanha que, ao meu ver, foi muito positiva.>
Pretende tentar conseguir apoio dos candidatos que não passaram para essa fase?>
No modelo atual, o primeiro turno é uma eleição difícil porque com tantos candidatos você não consegue fazer debates, não tem confronto de programas, de ideias, e agora vamos ter oportunidade de apresentar um programa de governo mais detalhado. Eu vou trabalhar muito para ouvir as lideranças do Estado. Todas as lideranças mais importantes. E também ouvir os partidos e os candidatos que não passaram para o segundo turno. A minha intenção é incorporar na candidatura muitos agenciadores políticos, também vereadores eleitos, que são importantes para esse projeto. E tenho certeza que vamos fazer um debate muito saudável, pensando no futuro e no desenvolvimento da cidade de Vitória.>
E se for eleito? Quais os planos?>
Num momento de pandemia, se eleito, 2021 vai ser desafiador. Um grande programa de proteção social, pensando na segurança alimentar das famílias: banco de alimentos, restaurantes populares, cozinhas comunitárias. Também estamos idealizando e vamos criar um banco comunitário, do município de Vitória, para financiar os pequenos negócios. Uma parte das nossas empresas está com o futuro comprometido. Então a ideia é que a gente consiga cuidar das pessoas e da economia, da micro e pequena economia, para manter os negócios de pé, gerar emprego e renda, e trabalhar no processo de formação e recuperação de algumas coisas que foram deixadas de lado nesses últimos anos.>
Como eu já fui prefeito, eu tenho noção do que é importante. Mas tem muitas coisas nas diversas áreas. Na saúde, por exemplo, temos que equipar o centro de especialidades médicas, melhorar atendimento nas unidades de saúde, um centro de especialidades médicas para mulheres. O nosso programa trata de quase tudo. O que tem de novo é que vamos incorporar algumas propostas que ouvimos, achamos interessantes em candidaturas que não foram vitoriosas. Isso tudo vamos fazer a partir de amanhã (hoje), pensando num programa de crescimento mais robusto para a cidade. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta