Publicado em 7 de dezembro de 2020 às 19:19
O "golpe do falso motoboy" fez mais uma vítima no Espírito Santo. Uma mulher de 69 anos, moradora do bairro Sotema, em Cariacica, teve R$ 3 mil reais sacados de sua conta após um homem aparecer em sua casa se identificando como funcionário da Caixa Econômica Federal e pedir dados pessoais e bancários. O crime aconteceu na última sexta-feira (4).>
De acordo com um sobrinho da vítima, que não quis ser identificado, o criminoso alegou que trabalhava para o banco e foi notificado sobre uma compra em uma grande loja de departamento no Rio de Janeiro, que seria de um valor alto, e que a mulher teria que ligar para o banco para resolver a situação.>
Depois de ligar para um suposto número de uma central da Caixa, o criminoso falou que a vítima deveria cortar os cartões ao meio e entregá-los. O rapaz foi embora e, meia hora depois, segundo o familiar da mulher, os criminosos já haviam sacado R$ 3 mil da conta da vítima. Eles ainda tentaram retirar outro valor, mas o gerente do banco percebeu a movimentação, desconfiou e conseguiu bloquear a conta a tempo.>
"Ele ficou com os dois pedaços que tinham o chip do cartão e devolveu os outros pedaços. Ela deu a senha, o número do CPF, da identidade... logo depois, o irmão dela chegou e falou pra não dar os dados, mas o rapaz já havia desaparecido na rua. Eles foram ao banco, mas, quando chegaram lá, já tinha acontecido o saque de três mil reais, em questão de meia hora. Ela tinha um valor maior na poupança, acho que eles não conseguiram tirar por algum motivo, aí o gerente percebeu a movimentação e bloqueou as duas contas", disse o sobrinho da vítima, que registrou o boletim de ocorrência na delegacia.>
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A Caixa informou que não recolhe cartões destruídos e orienta que em casos de ligações oferecendo motoboy para buscar o cartão na residência, os clientes desconfiem e não forneçam nenhuma informação. O banco informou também que não envia links ou pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, SMS ou WhatsApp.>
"Caso você desconfie de alguma ligação vinda da Caixa, desligue o telefone, procure o seu gerente na agência ou retorne para a Central de Atendimento Cartões Caixa, ligando de outro número de telefone ou, preferencialmente, 5 minutos após a ligação suspeita. Os números de telefone podem ser encontrados no site da Caixa ou no verso do seu cartão. A Caixa não recolhe cartões bancários do cliente, mesmo que inutilizados. Também não pede que o cliente digite ou informe senhas. Caso precise jogar fora um cartão, destrua-o completamente, cortando seu chip ao meio, e nunca o entregue a ninguém", alerta o banco.>
A Caixa disponibiliza orientações de segurança em seu portal da internet e em suas agências com o objetivo de alertar seus clientes quanto a golpes, seja por e-mails spam, sites falsos ou por telefone. Informa ainda que, em casos de dúvidas, os clientes têm à sua disposição os canais de atendimento ao cliente CAIXA, tais como SAC/Ouvidoria, 0800 ou qualquer uma de suas agências (www.caixa.gov.br/atendimento). >
A Polícia Civil informou que todos os golpes desse tipo, chamados de "golpe do falso motoboy" ou "golpe do cartão clonado", são investigados pela Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa). O titular da Defa, delegado Douglas Vieira, afirmou que o criminoso engana as vítimas, levando-as a acreditar que são funcionários de bancos.>
"As vítimas recebem uma ligação de uma central de atendimento falsa, afirmando que seus cartões foram clonados e que existem transações fraudulentas. A vítima é enganada e induzida a entregar o próprio cartão a um falso motoboy, que vai até a casa dela afirmando que o cartão será bloqueado, mas, em vez disso, o estelionatário realiza saques e empréstimos na conta bancária da vítima", explicou.>
Ainda segundo Douglas Vieira, a melhor forma de prevenir esse tipo de golpe é sempre desconfiar de ligações suspeitas e tentar contato com o banco para confirmar as informações. Senhas nunca devem ser informadas para estranhos.>
"Desconfiem sempre se receberem um telefonema de pessoas que não consigam identificar, seja de operadora de telefone celular ou de banco. Se acharem aquela ligação suspeita ligue para o banco para confirmar. E façam o boletim de ocorrência, destacou.>
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