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Publicado em 25 de agosto de 2025 às 08:56
- Atualizado há 4 meses
A morte de uma criança de seis anos, na tarde de domingo (24), em Balneário Carapebus, na Serra, é mais um capítulo da guerra entre facções, segundo o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno. Ele explicou que o ataque partiu do Primeiro Comando de Vitória (PCV) e tinha como alvo integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP).>
Leonardo Damasceno
Secretário de segurançaO secretário ressaltou que a disputa entre as facções é motivada pelo controle de áreas estratégicas para o tráfico. “Esse domínio territorial é fundamental para eles (traficantes). Eles estão tentando dominar pontos de drogas. Enquanto tivermos consumo de drogas, as pessoas forem comprando, gerando demanda, essa disputa continua ocorrendo”, destacou Leonardo Damasceno.>
Alice Rodrigues foi morta dentro de um carro durante um ataque a tiros em Balneário Carapebus, na tarde de domingo (24). Consta em boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar que criminosos armados dispararam várias vezes contra o veículo, onde também estavam um homem e uma mulher grávida. Segundo Leonardo Damasceno, eles são os pais da menina. O pai de Alice foi atingido de raspão por um dos disparos. >
A PM relatou no documento que testemunhas contaram aos militares que os atiradores fugiram em direção ao bairro Novo Horizonte após efetuarem os disparos. O motorista do carro atingido, um Peugeot prata, dirigiu até o Hospital Municipal Materno Infantil (HMMI) da Serra para socorrer a menina, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade. >
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O carro onde estavam os atiradores, um Fiat Argo branco, foi abandonado no local. A PM isolou a área do crime e acionou o Esquadrão Antibombas da Companhia de Operações Especiais (COE), porque moradores também relataram a presença de um artefato explosivo de fabricação caseira próximo ao veículo deixado pelos criminosos. A perícia da Polícia Científica recolheu cápsulas de munição de diferentes calibres e uma granada caseira.>
A OAB-ES repudiou o ataque que resultou na morte de uma criança de seis anos na Serra e pediu respostas rápidas das autoridades. A entidade afirmou que vai acompanhar as investigações, inclusive sobre a possível participação de uma advogada no crime, e ressaltou que não admite condutas criminosas, sejam de advogados ou não. >
Nota OAB | Íntegra
"A OAB-ES repudia e cobra a apuração rigorosa, assim como respostas efetivas das autoridades, em relação ao ataque que vitimou uma criança de seis anos no município da Serra. É inadmissível que a guerra do tráfico esteja fazendo no Estado vítimas inocentes de forma covarde - como aconteceu recentemente em Vila Velha. É preciso adotar medidas efetivas para preservar a vida das famílias, em especial das nossas crianças e jovens, que veem futuro interrompido pela violência. Vamos acompanhar de perto as investigações, em especial da advogada supostamente envolvida neste caso de brutal violência na Serra. A OAB estará sempre a postos para defender a boa advocacia, mas jamais para proteger condutas criminosas. Aos que cometem crimes, sejam eles advogados ou não, vamos exigir o rigor da lei."
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