Repórter de Economia / [email protected]
Publicado em 20 de julho de 2021 às 20:47
Um novo modelo de ônibus mais econômico e com mais itens de segurança para motoristas e passageiros começará a circular no Espírito Santo a partir de setembro. A Marcopolo anunciou nesta terça-feira (20) o lançamento da geração oito (G8) de ônibus rodoviários, sendo que o primeiro comprador é a viação Viação Águia Branca. >
Os veículos não serão fabricados na planta da empresa no Estado. A produção será em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Durante a coletiva de apresentação, um dos diretores da Águia Branca informou que o novo modelo circulará em São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória já em setembro. Não há informação sobre o número de veículos adquiridos.>
Segundo a Macopolo, o novo coletivo conta com uma cabine de segurança projetada para proteger mais os motoristas, que ficam em uma posição vulnerável em caso de colisão frontal do veículo. Por isso, a área foi reforçada e testes foram feitos para garantir uma proteção maior. >
"Fizemos uma célula de segurança para o motorista. Fizemos um crash test (teste de colisão) que comprovou efetividade dessa célula. Bombeiros nos ajudaram a fazer melhorias e ela traz muita segurança tanto para o motorista quanto para os passageiros", explica o diretor de operações industriais da empresa, Luciano Resner. >
>
Na construção da carroceria, foi desenvolvido um novo conceito de anéis passantes de segurança em todas as colunas da estrutura, que dão mais resistência do conjunto a impactos e ao capotamento.
>
Os carros contam ainda com itens de biossegurança, para evitar contaminações por vírus e bactérias, como desinfecção do sanitário e ar-condicionado por luz UV-C, cortinas e capas antimicrobianas e layout 1x1x1 (onde há três fileiras de poltronas, o que mantém um distanciamento). >
Por ser mais leve, os ônibus G8 consomem menos combustível e, por isso, são menos poluentes. A empresa também substituiu 80% da fibra de vidro (que não é reciclável) por material plástico 100% reciclável. >
"Com isso ganhamos com redução de peso. Usamos muitos materiais pensando em sustentabilidade. A nova linha de montagem usa máquina de solda que consome 50% menos energia, o que traz ganhos importantes nas nossas fontes energéticas", diz Resner. >
A empresa comentou ainda sobre o impacto da escassez mundial de componentes eletrônicos que atinge fortemente a indústria automotiva. Segundo representantes da Marcopolo, foi feito um planejamento desde o ano passado que permitiu que os efeitos da falta de peças fossem mitigados e que não houvesse grandes impactos na produção, principalmente dos ônibus da nova linha. >
"Na nossa opinião, o pior já passou. Tivemos no início da pandemia problemas e percalços, mas sentimos a cadeia se estabilizando. Existem alguns problemas pontuais e localizados. A gente vê nas notícias as montadoras parando por conta de problemas em conseguir eletrônicos, isso também nos afeta. Mas a tendência até o fim do ano é que isso comece a se normalizar", afirmou o diretor.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta