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Publicado em 14 de junho de 2025 às 08:37
As obras para a construção do ramal ferroviário da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), ligando Santa Leopoldina, na Região Serrana, ao Complexo Industrial de Ubu em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, podem gerar até 5 mil empregos. >
O projeto, que será desenvolvido pela Vale e também servirá de conexão com a nova ferrovia que vai ligar o Espírito Santo ao Rio de Janeiro (EF 118), tem estimativa de pico de mão de obra de aproximadamente 4.920 trabalhadores e de uso de cerca de 1.200 equipamentos. >
Segundo o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) apresentado ao Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) em abril deste ano, o início das contratações e da mobilização de pessoas e equipamentos está previsto para o primeiro semestre de 2028.>
A fase de implantação do ramal Anchieta tem duração prevista de cerca de 50 meses. A demanda para as obras será de profissionais ligados às atividades gerais de obras e construção civil. Estão previstas vagas para motoristas, pedreiros, carpinteiros e operadores de máquinas e equipamentos, que atuarão em tarefas como terraplenagem, supressão e limpeza de terreno, e transporte. >
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Além da mão de obra geral, o projeto demandará profissionais mais especializados para a montagem eletromecânica, estruturas metálicas e superestrutura ferroviária, incluindo soldadores.>
Haverá também postos de trabalho indiretos, de apoio às obras, nas áreas de segurança, alimentação e outros serviços associados>
Segundo o projeto, a Vale deve priorizar o recrutamento de mão de obra e a contratação de fornecedores de equipamentos, insumos e serviços locais. O objetivo é otimizar a logística de transporte de pessoal, veículos e maquinário, além de reduzir a atratividade de pessoas de outras regiões, de forma a favorecer a alocação de trabalhadores próximos aos seus municípios de residência.>
Além do Rima, também foram protocolados, segundo o órgão ambiental, o pedido de Licença Prévia e o Estudo de Impacto Ambiental (EIA). De acordo com o Iema, todos seguem em análise técnica, dentro dos prazos legais.>
Na fase de operação, que deve iniciar no primeiro semestre de 2033, a previsão é de criação de cerca de 36 novos postos de trabalho, incluindo maquinistas, inspetores de viagem e equipes de manutenção de via permanente e eletroeletrônica. >
Ainda segundo o Rima, algumas atividades e equipes para operação e manutenção, como o acompanhamento pelo Centro de Controle de Operações (CCO) e o abastecimento/manutenção da frota, poderão ser compartilhadas com a EFVM, utilizando estruturas já existentes em Vitória e na unidade de Tubarão.>
O projeto do ramal ferroviário da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) que será construído pela Vale entre Santa Leopoldina e Anchieta prevê a construção de um túnel de 715 metros de extensão, localizado na região de Viana. A passagem ficará na altura do quilômetro 25 da ferrovia.>
Além do túnel, o projeto contempla ainda a construção de uma série de estruturas projetadas para transpor vales, rios e cruzamentos com vias, com o objetivo de estabelecer travessias seguras para a população e veículos:>
Esse trecho será uma extensão da Vitória a Minas até Ubu e servirá como conexão à nova ferrovia que vai ligar o Espírito Santo ao Rio de Janeiro (EF 118), tendo a Vale como responsável pela construção. A definição da construção do trecho de 99,3 quilômetros foi dentro de um acordo feito pela mineradora e o governo federal no âmbito da revisão das concessões da EFVM e da Estrada de Ferro Carajás (EFC). >
O traçado principal do Ramal Anchieta terá 99,3 quilômetros, atravessando seis municípios capixabas: Santa Leopoldina, Cariacica, Vila Velha, Viana, Guarapari e Anchieta, predominantemente em área rural. Os investimentos, totalmente da Vale, somam R$ 7,43 bilhões.>
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