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Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 15:38
Previsto para ir a leilão no ano que vem, o projeto da EF 118 — estrada de ferro que vai ligar Vitória ao Rio de Janeiro e também chamada de Anel Ferroviário do Sudeste — será o primeiro a ser apresentado a um grupo de quase 20 investidores nacionais e estrangeiros interessados nos projetos de concessões de ferrovias.>
Segundo o secretário Nacional de Transporte Ferroviário do Ministério dos Transportes, Leonardo Ribeiro, o governo já foi procurado por vários grupos, incluindo árabes, chineses e brasileiros, tendo em vista a apresentação que vão fazer em fevereiro, em São Paulo, do Plano Nacional de Ferrovias. >
"Isso mostra um apetite muito grande para investir, não só nesse projeto da EF 118, mas no plano como um todo. Mas esse projeto tem um significado por ser o primeiro da fila e vai contar com muitas inovações, uma delas é a participação com aporte da União", afirmou Leonardo, que esteve em Vitória nesta quarta-feira (29) para participar da audiência pública da EF 118, realizada na Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).>
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O projeto da EF 118 é esperado para interligar os portos do Espírito Santo e Rio de Janeiro à malha ferroviária do Brasil, via Estrada de Ferro Vitória a Minas e MRS Logística no Rio de Janeiro.>
Para execução do malha ferroviária, está previsto um investimento de R$ 4,6 bilhões pelo vencedor do leilão. Uma das novidades nesse modelo é que governo federal vai entrar com R$ 3,28 bilhões para construção da ferrovia, com a maior parte dos valores sendo transferidos ao longo dos primeiros quatro anos para o ganhador.>
Na primeira fase do projeto, serão construídos cerca de 170 quilômetros de trilhos entre Anchieta e São João da Barra, no Porto de Açu, no Rio de Janeiro, passando pela região do futuro Porto Central, em Presidente Kennedy. Já o trecho entre Santa Leopoldina a Anchieta, de 80 quilômetros, será feito pela Vale e incorporado à Estrada de Ferro Vitória a Minas, com investimento já anunciado de R$ 6 bilhões.>
Já a segunda fase do projeto, o trecho de 325 km de São João da Barra a Nova Iguaçu, será feito com investimento adicional por quem ganhar a licitação. Esse trecho, chamado brownfield, prevê a utilização de trechos existentes da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), mas podem ser feitos ajustes no traçado, por exemplo, conforme explicou o Marcelo Fonseca, superintendente de Concessão de Infraestrutura da ANTT. O trecho Sul pode contar ainda, no futuro, com investimento público para auxiliar no desenvolvimento do projeto, como já está definido para o trecho central.>
Outro detalhe do projeto destacado por Fonseca é que o trecho que está previsto para ser construído pela Vale é fundamental para a viabilidade de todo o projeto. A ideia, segundo ele, é que as obras do trecho Norte (Santa Leopoldina a Anchieta) e do trecho central (Anchieta a São João da Barra), sejam feitas simultaneamente.>
A previsão do início das operações da ferrovia está prevista para 2033, com 8 anos de implantação das obras a partir de 2025. Com 475 Km, a ferrovia atravessará 23 municípios dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A concessão será de 50 anos.>
De acordo com os estudos do trecho central, serão 50 anos de concessão. Ainda estão previstas 117 obras de arte especiais — viadutos, pontes e pontilhões ferroviários —, além de passagens rodoviárias inferiores. >
As principais cargas transportadas pelo Anel Ferroviário incluem Ferro Briquetado a Quente (HBI), ferro-gusa, minério de ferro destinado à exportação e carvão coque.>
*Com informações da Agência Folhapress>
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