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Caixa vai pagar hotel para moradores de prédio interditado em Vila Velha

Caixa vai pagar hotel para moradores de prédio interditado em Vila Velha

Banco disse que se responsabilizará pelos reparos necessários e fará contratação emergencial de empresa para obras nos próximos dias. Residencial no bairro Jabaeté apresenta falhas na estrutura

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 19:24- Atualizado há 3 anos

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Residencial Vila Velha, em Jabaeté, teve prédio interditado pelas autoridades. Condomínio do Minha Casa Minha Vida apresenta outras falhas na estrutura
Famílias fora de casa no Residencial Vila Velha, em Jabaeté, após prédio ser interditado pelas autoridades. (Ricardo Medeiros)

Caixa Econômica Federal informou na noite desta sexta-feira (12) que irá disponibilizar um hotel para todos os moradores do bloco 13 do Residencial Vila Velha, em Jabaeté, no município de Vila Velha, enquanto os apartamentos estiverem interditados. Ao todo 16 famílias estão fora de casa desde a noite da última quinta-feira (11). Os moradores não poderão retornar para os apartamentos por pelo menos 72 horas.

O prédio foi construído pelo programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Na noite de quinta, após moradores ouvirem estalos na estrutura e rachaduras começarem a aparecer, o local foi evacuado e interditado pela Defesa Civil municipal. O condomínio tem ao todo 496 apartamentos, e cerca de 3 mil moradores.

Na manhã desta sexta-feira (12), uma equipe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) esteve no local avaliando as condições da estrutura. Na ocasião, o presidente da instituição, Jorge Silva, afirmou que a equipe técnica do Crea constatou anomalias sérias, inclusive com problemas de recalque e fissuras.

Caixa vai pagar hotel para moradores de prédio interditado em Vila Velha

Por meio de nota, o banco esclareceu que, conforme as regras do Minha Casa Minha Vida, o Fundo de Arrendamento Residencial  (FAR), do qual a Caixa é representante, se responsabilizará pelos reparos necessários "por meio da contratação emergencial de empresa para execução, que ocorrerá nos próximos dias, após a conclusão do diagnóstico e monitoramento que serão efetuados no prédio".

"A Defesa Civil avalia a possibilidade dos moradores retornarem às suas residências. Nesse período, a Caixa, na condição de representante do FAR, prestará a assistência necessária aos moradores do bloco interditado até que a segurança das unidades seja atestada", informou.

Ainda de acordo com o banco, após a estatal tomar conhecimento do fato, na manhã desta sexta-feira (12), imediatamente encaminhou uma equipe técnica ao local, "para avaliação do ocorrido junto à Defesa Civil e ao responsável técnico pela obra, visando identificar as possíveis causas e os riscos envolvidos para as famílias".

Residencial Vila Velha, em Jabaeté, teve prédio interditado pelas autoridades. Condomínio do Minha Casa Minha Vida apresenta outras falhas na estrutura(Ricardo Medeiros)

O EMPREENDIMENTO

De acordo com a Caixa, as obras do Residencial Vila Velha – etapa 3 foram contratas no âmbito do Minha Casa Minha Vida em 2010. O contrato foi firmado com a construtora R Carvalho Construções e Empreendimentos Ltda, que abandonou as obras.

"Em consequência, houve substituição da empresa, resultando na contratação, em 2012, da empresa Decottignes Construção e Incorporação Ltda, para a retomada das obras. Entretanto, as obras foram paralisadas novamente, sendo necessário nova troca de empresa, e em 2014 a Solare Construtora Incorporadora Ltda assumiu o empreendimento, tendo concluído e entregue o mesmo em 2016", informou.

As empresas, bem como os sócios, estão impedidas de operar com a Caixa em novos projetos. Segundo o banco, ambas as construtoras faliram.

O QUE DIZ A DEFESA CIVIL

Por nota, a Defesa Civil de Vila Velha informou que, em reunião com representantes da Defesa Civil Estadual, Bombeiros, Caixa e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo(Crea-ES), definiu-se por manter a orientação de não ocupação do prédio por mais 72h, até que seja dado novo parecer de engenharia da edificação.

Caixa

Em relação ao Residencial Vila Velha, a CAIXA informa que após tomar conhecimento do fato, nesta manhã, imediatamente encaminhou uma equipe técnica ao local, para avaliação do ocorrido junto à Defesa Civil e ao responsável técnico pela obra, visando identificar as possíveis causas e os riscos envolvidos para as famílias.  

No momento, a Defesa Civil avalia a possibilidade dos moradores retornarem às suas residências. Nesse período, a CAIXA, na condição de representante do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), prestará a assistência necessária aos moradores do bloco interditado até que a segurança das unidades seja atestada.  

Esclarecemos ainda que, conforme regras previstas no Programa Minha Casa Minha Vida – Faixa I, o FAR se responsabilizará pelos reparos necessários, por meio da contratação emergencial de empresa para execução, que ocorrerá nos próximos dias, após a conclusão do diagnóstico e monitoramento que serão efetuados no prédio.  

Histórico  

O Residencial Vila Velha – Etapa 3 foi contratado com recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial), no âmbito do Programa “Minha Casa Minha Vida – Faixa I, e teve o contrato inicial assinado em 2010, com a Construtora R Carvalho Construções e Empreendimentos Ltda, que abandonou as obras.  

Em consequência, à luz das regras do Programa, houve substituição da empresa, resultando na contratação, em 2012, da empresa Decottignes Construção e Incorporação Ltda, para a retomada das obras.  

Entretanto, as obras foram paralisadas novamente, sendo necessário nova troca de empresa, e em 2014 a Solare Construtora Incorporadora Ltda assumiu o empreendimento, tendo concluído e entregue o mesmo em 2016.  

As empresas, bem como os sócios, estão impedidas de operar com a CAIXA em novos projetos.

Posicionamento

Defesa Civil de Vila Velha

A Defesa Civil de Vila Velha informa que em reunião com representantes da Defesa Civil Estadual, Bombeiros, Caixa e Crea definiu-se por manter a orientação de não ocupação do prédio por mais 72h, até que seja dado novo parecer de engenharia da edificação.  


Posicionamento

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