Repórter de Economia / [email protected]
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Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 14:42
- Atualizado há 5 anos
A equipe do Conselho Regional de Engenharia (Crea) constatou diversas 'anomalias' no bloco 13, do Residencial Vila Velha, em Jabaeté, que precisou ser evacuado e depois interditado após famílias ouvirem estrondos e perceberem rachaduras na estrutura.>
"Já constatamos algumas anomalias sérias, inclusive com problemas de recalque, fissuras. Identificamos ainda um desnível no primeiro andar do prédio", explicou o presidente da organização Jorge Silva. Ele ainda afirmou que a situação do edifício do condomínio Minha Casa Minha Vida é grave.>
Jorge Silva
Presidente do Crea-ESOs moradores de 16 apartamentos do bloco 13 do condomínio Residencial Vila Velha, em Jabaeté, não poderão retornar para casa por pelo menos 72 horas. O prédio foi interditado preventivamente, na noite de quinta-feira (11), após estalos na estrutura. No condomínio ao todo são 496 apartamentos, e cerca de 3 mil moradores. >
Na manhã desta sexta-feira (12), uma equipe do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), esteve no local avaliando as condições da estrutura. >
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Segundo o presidente do Crea-ES, Jorge Silva, uma equipe técnica permanecerá no local durante este período de interdição, a fim de acompanhar a evolução dos problemas e verificar se há necessidade de uma reestruturação do edifício antes do retorno dos moradores. >
Residencial Vila Velha apresenta falhas generalizadas na obra
"Temos que acompanhar tecnicamente, no mínimo, por 72 horas, para ver a evolução dos problemas. E nós orientamos a Defesa Civil que, nesse prazo, não deixe as pessoas retornarem, pois, existe risco de problemas maiores", explica. O risco de desabamento, segundo ele, só poderá ser confirmado ou descartado após esse prazo de avaliação.>
Jorge Silva
Presidente do Crea-ESSilva destaca que a estrutura passou pelas mãos de várias empresas, o que dificulta achar quem são os responsáveis pelas falhas de obra do condomínio. >
Jorge Silva
presidente do Crea-ESAs empresas responsáveis pela construção - que foram três ao longo dos anos - já foram identificadas. Contudo, segundo a Caixa, todas elas já faliram. As obras foram entregues em 2016, sendo que o contrato de construção foi assinado em 2010. >
O presidente do Crea-ES destaca ainda que todas as responsabilidades serão averiguadas, a fim de garantir assistência aos moradores, penalizados pelos problemas. >
"Tudo será averiguado, tanto os níveis de responsabilidade dos técnicos, das empresas e da Caixa por ter feito ou não a perfeita fiscalização com relação à entrega da obra. Mas um dos grandes problemas que temos no Espírito Santo é que não existe uma lei que obrigue laudo de entrega e recebimento dos imóveis. Precisamos que isso aconteça o mais rápido possível para defesa da sociedade.">
A Prefeitura de Vila Velha informou que a Defesa Civil Municipal, em reunião com representantes da Defesa Civil Estadual, Bombeiros, Caixa e Crea, decidiu manter a orientação de interdição do prédio por mais 72 horas, até que seja dado novo parecer de engenharia da edificação.>
A Caixa informou que encaminhou uma equipe técnica ao local e que, até os moradores poderem retornar às suas residências, eles serão colocados em hotéis. "A Caixa, na condição de representante do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), prestará a assistência necessária aos moradores do bloco interditado até que a segurança das unidades seja atestada.">
Residencial Vila Velha, em Jabaeté
O banco público ainda destacou que, conforme regras previstas no Minha Casa Minha Vida, o FAR se responsabilizará pelos reparos necessários e fará a contratação emergencial de uma empresa para execução das obras, o que ocorrerá nos próximos dias, após a conclusão do diagnóstico e monitoramento que serão efetuados no prédio.>
A Caixa ainda frisou que as três empresas que atuaram nas obras (Construtora R Carvalho Construções e Empreendimentos Ltda, Decottignes Construção e Incorporação Ltda e Solare Construtora Incorporadora Ltda), bem como seus sócios, estão impedidas de operar com a Caixa em novos projetos. >
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