> >
Sesa afirma que ES não tem transmissão comunitária da cepa P1, do Amazonas

Sesa afirma que ES não tem transmissão comunitária da cepa P1, do Amazonas

Áudio que circulou nas redes sociais relacionava a variante à alta ocupação dos leitos de UTI no Estado; maioria dos casos é da cepa inglesa, segundo a Sesa

Publicado em 5 de abril de 2021 às 17:40

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Foto do desembarque dos pacientes de Manaus com o selo Passando a Limpo
Pacientes de Manaus foram transferidos em janeiro para o Espírito Santo. (Fernando Madeira)

Faz semanas que a pressão no sistema de saúde capixaba tem aumentado devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírusHá mais casos confirmados, internações e óbitos. No entanto, essa piora não tem relação com a variante brasileira, chamada de P1, e identificada pela primeira vez no Amazonas.

Sesa afirma que ES não tem transmissão comunitária da cepa P1, do Amazonas

Ainda assim, nos últimos dias, um áudio supostamente gravado pelo diretor de um hospital circulou na internet e apontava, equivocadamente, a relação entre a cepa e a alta taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Espírito Santo – informação que foi desmentida nesta segunda-feira (5), pelo secretário de saúde Nésio Fernandes.

Aspas de citação

O Espírito Santo não possui registro relevante de circulação da variante P1. Não há transmissão comunitária. A variante que hoje predomina no Estado é a inglesa

Nésio Fernandes
Secretário de Saúde do Espírito Santo
Aspas de citação

Os dados que apontaram os tipos de coronavírus encontrados no Estado são de 170 amostras enviadas à Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) a partir de janeiro deste ano. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), os últimos resultados saíram no final de semana passado e são do material referente à primeira quinzena de fevereiro.

Desse total de amostras, a variante P1 só foi encontrada em pacientes transferidos de outros Estados. "O Estado adotou as melhores práticas de vigilância epidemiológica para evitar que a cepa circulasse por conta dos pacientes de Manaus. A vinda dessas pessoas foi uma expressão de solidariedade extremamente responsável adotada pelo Governo do Espírito Santo", defendeu.

36 pacientes de Manaus
foram transferidos ao Espírito Santo, em janeiro deste ano, dos quais 27 se recuperaram da Covid-19

Por outro lado, o secretário Nésio Fernandes lembrou que, em nenhum momento, as viagens de avião ou ônibus foram interrompidas no país. "Não houve uma coordenação nacional da crise. O país teve livre circulação de pessoas, tanto no período das férias de verão, quanto no ano novo e carnaval", criticou.

"A livre circulação de pessoas e as interações estabelecidas foram as atividades que determinaram a circulação livre de diversas cepas no país. É uma crise mundial que foi e está sendo muito mal conduzida no Brasil. Por isso, entendemos que é importante a coesão social e a unidade entre os poderes", finalizou Nésio.

Ainda de acordo com a Sesa, nas amostras enviadas à FioCruz, também foram detectadas as variantes B1.1.28 e B1.1.33. Já a predominância da cepa inglesa no Espírito Santo foi identificada graças ao acompanhamento diário feito pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-ES).

Citado durante o áudio que circulou nas redes sociais, e que era creditado a um possível diretor do Meridional, a assessoria do Grupo garantiu, por meio de nota, que desconhece a origem da gravação e que "as informações do grupo Meridional                                                 são sempre fornecidas por canais oficiais, com pessoas referenciadas pela rede".

TAXA DE TRANSMISSÃO ALTA NO ES

No final do pronunciamento desta segunda-feira (5), o secretário também revelou que a pandemia segue em expansão no Espírito Santo. Segundo ele, a taxa de transmissão (RT) do novo coronavírus no Estado está em 1,43. O que significa que cada 100 pessoas infectadas estão transmitindo a doença para outras 143.

Infelizmente, o índice é ainda maior no interior: 1,61. Já na Grande Vitória, a taxa de transmissão está em 1,16. A pandemia só é considerada controlada, quando o RT é igual ou inferior a 1. Ou seja, quando um infectado consegue se curar sem transmitir a doença para alguém ou para, no máximo, outra única pessoa.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais