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Secretaria de Educação avalia se aulas no ES recomeçam em julho ou agosto

Secretaria de Educação avalia se aulas no ES recomeçam em julho ou agosto

Caso as atividades retornem nesses meses  o ano letivo não deve ser estendido para 2021, de acordo com o secretário estadual, Vitor de Angelo

Publicado em 31 de maio de 2020 às 20:31

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Retomada das aulas deve acontecer com mudanças na rotina do ensino público. (Pixabay/Alexandra_Koch)

O governo do Espírito Santo avalia se as aulas recomeçam em julho ou agosto. De acordo com o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, caso as atividades retornem nesses meses, o ano letivo não deve ser estendido para 2021. Porém, para cumprir o calendário, será preciso ter aulas aos sábados.

suspensão das aulas da rede pública estadual começou no dia 17 de março. Já as escolas particulares paralisaram suas atividades no dia 23 de março. O decreto que proibia a abertura das unidades educacionais, inicialmente válidos por 15 dias, foi publicado pelo governo capixaba no dia 16 de março, quando o Estado tinha apenas oito casos confirmados da doença.

Na última sexta-feira (29), o governo anunciou que as aulas ficarão suspensas em todo o Estado até 30 de junho. A proibição do funcionamento com atividades presenciais de escolas e faculdades por mais um mês foi publicada sábado (30) no Diário Oficial. A medida é válida para os sistemas públicos e privados de ensino infantil, fundamental, médio e superior.

Segundo o secretário de Estado da Educação, ainda não há uma data fechada para retorno das aulas, mas a Sedu está planejando uma possível volta a partir de julho. Porém isso vai depender das orientações das autoridades de saúde.

"Baseados no cenário internacional, os países ficaram fechados por dois meses e pouco, enquanto nós, no Espírito Santo, vamos para 3 meses em junho. A própria dinâmica da doença tende a diminuir em algum momento. Mesmo em cenário descoordenado a nível nacional, com cada Estado tomado suas decisões, ninguém vai ficar de 6 a 7 meses com as escolas fechadas. Por isso, acabamos presumindo que julho e agosto são factíveis. Pode ocorrer de termos que ir além dessa projeção, mas é menos provável", explica.

Com a retomada das atividades em julho ou agosto, algumas mudanças na rotina do ensino devem ocorrer. Entre elas, as aulas não presenciais aos sábados passarão a fazer parte do calendário escolar, as férias serão reduzidas (provavelmente de uma semana em outubro) e o calendário letivo deve adentrar dezembro. 

"A pausa é importante, mas temos que ter em mente sempre que, quanto mais parar, mais vai demorar para concluir o calendário. É preciso ter um certo equilíbrio entre a urgência de cumprir o calendário e a necessidade de descanso dos profissionais e alunos. Isso ainda deve ser discutido com os profissionais de educação", comenta.

Ainda de acordo com o secretário da Educação, o sábado seria um dia letivo voltado para atividades não presenciais. Segundo ele, ter aula presencial implicaria em construir uma logística de transporte escolar para deslocar os alunos às escolas e de preparo de alimentação, que seria mais difícil de resolver. 

"Atividades remotas que possam ser consideradas como aula letiva é um cenário muito factível e simples de serem implementadas e as pessoas aceitarem. Outras opções para cumprirmos o calendário seriam estender a carga horária diária e avançar para 2021, o que é menos aceitável pelas pessoas", explica.

AULAS PODEM SE ESTENDER ATÉ 2021

Em um cenário mais pessimista, que ainda não está sendo trabalhado pelo Estado, se as aulas só começarem a partir de setembro, o ano letivo deve se estender até 2021. 

Aspas de citação

Não há a menor dúvida que, se as aulas começarem em setembro, elas terão que avançar para 2021. Porque numa conta muito simples, mesmo se usarmos sábados e domingos, não haveria dias suficientes para dar conta de cumprir as horas que somos obrigados (800 horas/ano). Como fazer nesse caso é algo que temos que descobrir adiante. Esse é um cenário de risco maior

Vitor de Angelo
Secretário de Estado da Educação
Aspas de citação

Ainda segundo o secretário, a única alternativa a mais que o  Estado poderia se valer, nesse caso, e que até agora não está nos planos da Sedu, é considerar o que está sendo dado atualmente como dia letivo. 

"O que faremos, com certeza, é uma avaliação diagnóstica para saber o que os alunos aprenderam nesse período. Ela será realizada quando eles retornarem às escolas. Aquilo que já souberem não vai ser dado novamente. Voltando em julho ou em agosto, temos um prejuízo controlado. para além disso, teremos que repensar. Quanto a usar o tempo das atividades que os alunos estão tendo agora é outra questão a ser avaliada."

Com o aumento do número de pessoas contaminadas, o governo do Espírito Santo foi prorrogando o decreto, o que fez as aulas estarem suspensas há quase dois meses e meio. Até a tarde de domingo (31), o Espírito Santo já somava mais de 13,6 mil pessoas infectadas pelo coronavírus e 604 óbitos confirmados. 

De acordo com o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, foi formado um grupo de trabalho representando todas as modalidades de ensino básico do Estado. Nele estão presentes: Secretaria de Estado da Educação (Sedu), Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect), Sindicato das Escolas Particulares do Espírito Santo (Sinep) e União dos Dirigentes Municipais de Educação do Espírito Santo (Undimi).

Entre eles está sendo criada uma resposta homogênea sobre como será a retomada das aulas e o que pode ser feito para cumprir o calendário letivo. O que for decidido pelo grupo será discutido com as entidades de classe e, depois, com o restante da sociedade.

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