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Variante Delta aumenta risco de transmissão da Covid até entre vacinados

Variante Delta aumenta risco de transmissão da Covid até entre vacinados

Estudo americano aponta alto potencial de propagação do vírus pelos infectados com a nova variante da Covid-19, inclusive o público já vacinado; entenda

Publicado em 9 de agosto de 2021 às 21:50- Atualizado há 3 anos

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Vacinação
Mesmo vacinadas, as pessoas podem contrair o coronavírus e transmiti-lo. (Carlos Alberto Silva)
Aline Nunes
Repórter de Cotidiano / [email protected]
Errata Correção
10 de agosto de 2021 às 17:45

Por dar margem à dúbia interpretação, o título anterior desta reportagem "Risco de transmissão da Delta por pessoas vacinadas é maior que outras cepas" foi alterado para deixar claro que a variante Delta, mais contagiosa do que as outras cepas do coronavírus, aumenta o risco de transmissão da doença até mesmo entre vacinados. Mas a vacinação não aumenta as chances de transmissão do vírus com esta mutação. 

Delta, nova variante do Sars-Cov-2 (coronavírus) identificada no Espírito Santo, tem maior potencial de disseminação, aumentando o risco sobretudo entre os que não foram vacinados.

Contudo, mesmo quem já recebeu as doses de vacina contra a Covid-19, não está livre do contágio e a possibilidade de transmissão por este grupo é maior se comparada a outras cepas. 

É o que afirma Ethel Maciel, doutora em Epidemiologia e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), baseada em um estudo do CDC - Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos.

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Nas pessoas que se infectam com a Delta, a carga viral é muito alta. Então, elas também transmitem. Nas outras variantes, após a vacinação, essa possibilidade tem uma redução significativa, mas a Delta demonstra uma mudança grande no jogo

Ethel Maciel
Doutora em Epidemiologia e professora da Ufes
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Assim, ressalta Ethel, as medidas de prevenção continuam indispensáveis. Agora, mais ainda que antes, as máscaras devem permanecer na rotina da população e, de preferência, as que têm maior capacidade de filtrar o ar, como o modelo N95, bem como a higienização frequente das mãos e o distanciamento social.

Questionada se, com maior risco de transmissão pela Delta, medidas restritivas devem ser retomadas, Ethel Maciel aponta que o momento é de monitoramento dos indicadores para conter o avanço da Covid-19. 

"Precisamos acompanhar o que vai acontecer, mas a população também precisa compreender que a pandemia não acabou e as medidas de prevenção são extremamente necessárias. Além disso, é importante frisar que os idosos e as pessoas com comorbidades, mesmo vacinados, têm uma resposta imunológica mais difícil e temos que protegê-los da nova variante."

O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, aponta que a fiscalização deverá ser maior para evitar festas e eventos irregulares, que promovem aglomerações, e, assim, evitar o retrocesso em outras áreas que foram flexibilizadas, como as atividades educacionais presenciais.  

"Não podemos prescindir do direito à educação, permitindo o comprometimento do retorno às aulas pela irresponsabilidade daqueles que vão para esses eventos. Os pais também têm responsabilidade quando permitem que o filho frequente um ensaio de samba na quinta, um barzinho na sexta e, na segunda, vá para a escola e, ao apresentar sintomas gripais, responsabilize o ambiente escolar", diz.

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Todos precisam cumprir os protocolos e as normas sanitárias. A sociedade precisa fazer a sua parte

Nésio Fernandes
Secretário de Saúde do ES
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DELTA EM TRANSMISSÃO COMUNITÁRIA NO ES

O Ministério da Saúde confirmou nesta segunda-feira (9) que o Espírito Santo registrou sete casos da Delta. Segundo Nésio, o Estado já registra transmissão comunitária da variante.

Em entrevista para A Gazeta, o secretário explicou que as sete pessoas infectadas pela variante Delta já estão curadas. Os casos foram identificados na região metropolitana de saúde, que vai além da Grande Vitória, demonstrando o "espalhamento" pela região.

De acordo com Nésio, os casos apontam ainda a necessidade de a população respeitar os protocolos, como não aglomeração e uso de máscara, para que não haja a necessidade de retroagir em medidas que foram flexibilizadas.

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