Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 07:01
Nos onze primeiros meses deste ano, mais de 10 mil motoristas foram autuados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas rodovias federais do Estado por não uso do cinto de segurança. O número surpreendeu até os próprios inspetores. >
De acordo com o inspetor Alexander Valdo Lemos, a falta de uso de cinto de segurança é o terceiro motivo de multas nas rodovias federais. Até o último dia 30 de novembro foram aplicadas 92.119 multas, das quais 10.484 foram pela ausência do equipamento de segurança. >
"O número nos surpreende. É o tipo de equipamento que já estava consagrado em nosso dia a dia, como algo importante e que salva vidas. E o número de pessoas que não estão utilizando o equipamento nos deixou surpresos, assinala. >
Valdo relata que tem sido verificado o não uso do cinto tanto pelo passageiro quanto pelo carona, além dos passageiros que se sentam no banco traseiro do veículo. >
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No caso de qualquer tipo de acidente, até colisões laterais e traseiras, mesmo com velocidade baixa, existe a possibilidade do passageio se chocar contra o volante, o painel, ou o banco a frente, o que pode resultar em lesões graves e até em óbitos, explica. >
As informações da PRF foram apresentadas durante reunião da Comissão Especial da Assembleia Legislativa que fiscaliza a concessão da BR-101, nesta quarta-feira (02). O colegiado, presidido pelo deputado Fabricio Gandini, ouviu representantes da PRF e da ECO 101 sobre ações de prevenção e estatísticas de ocorrências de acidentes, neste ano, nas rodovias que cortam o Espírito Santo.>
O maior motivo das infrações no Espírito Santo, segundo Valdo, é o excesso de velocidade, que resultou em 59.277 multas até o último dia 30 de novembro. Já as ultrapassagens proibidas totalizaram 21.585 autos de infração. >
Em geral, são ultrapassagens proibidas, forçadas, sem que o motorista considere que a maior parte das rodovias federais são em pista simples. Neste caso, a ultrapassagem é um momento delicado, que pode resultar em colisão frontal e em mortes, observa.>
Em quarto lugar está a alcoolemia, os casos em que o motorista usou álcool e estava à frente da condução do veículo. Há ainda aqueles que se recusam a fazer o exame. Nestes casos, há punições administrativas, como o recolhimento do veículo, retenção da CNH, explica Valdo. >
O registro das autuações mostra que houve um decréscimo em abril deste ano, mês subsequente a decretação da pandemia mundial do novo coronavírus. A partir de setembro, com a chegada dos feriados, e uma maior flexibilização nas medidas de restrição, houve um aumento na circulação de pessoas também nas estradas e, por consequência, de multas.>
Nos onze meses deste ano foram registrados nas rodovias federais, segundo a PRF, 2.218 acidentes, 2.590 feridos e 116 mortes.>
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