Publicado em 27 de abril de 2020 às 20:12
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai ampliar a oferta de vagas pelo SUS para atender pacientes com o novo coronavírus (Covid-19). Para tanto, planeja a compra de 452 leitos em hospitais da rede particular - 283 de enfermaria e 169 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Com a medida, a perspectiva é chegar a 1.279 unidades até o final de junho. >
A nova oferta faz parte da segunda fase da expansão de leitos, cujo detalhamento será publicado em portaria na edição desta terça-feira (28) no Diário Oficial. Além da possibilidade de aquisição de vagas em hospitais particulares, a publicação também vai apontar o reforço de leitos em áreas com mais demanda e a oferta em regiões que ainda não são contempladas, segundo afirma o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin. >
"O detalhamento dessa oferta de leitos, onde vamos ampliar, quais são os hospitais públicos de referência, onde incluiremos outros hospitais, tudo estará no planejamento apresentado na portaria", pontua Reblin.>
Na rede privada, os leitos ficam reservados e são disponibilizados quando os dos hospitais públicos não forem mais suficientes para garantir assistência à população. O pagamento, assegura Reblin, só é efetuado quando o leito é efetivamente utilizado. >
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Até o final do mês, a Sesa estima 813 leitos no total para tratar pacientes com a Covid-19, incluindo contratos com a rede particular para o SUS. Em dois meses, a previsão é chegar a 652 de UTI mais 667 de enfermarias, totalizando 1.279.>
A ampliação da oferta de leitos na rede própria, sobretudo de UTI, esbarra na dificuldade de aquisição de respiradores, equipamento indispensável para pelo menos 70% dos pacientes que vão para a terapia intensiva. A Sesa está na expectativa da entrega de 59 aparelhos para o Hospital Dr Jayme Santos Neves, na Serra, cujo contrato para ser cumprido precisou de uma ação judicial. O prazo para a primeira remessa chegar é quinta-feira (30). >
Há ainda uma tentativa de aquisição de outros 200 respiradores. Questionado sobre alternativas para o caso de a compra não se concretizar, já que o problema é uma demanda enorme de vários Estados e países, Reblin prefere acreditar que a situação será resolvida até maio. "Temos várias frentes em andamento e tudo o que for possível está sendo feito para garantir os insumos necessários para fazer frente à pandemia", finaliza. >
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