Repórter de Cotidiano / [email protected]
Publicado em 15 de maio de 2021 às 12:56
O Espírito Santo conta atualmente com mais de 152 mil pessoas com a segunda dose da Coronavac atrasada. O número foi divulgado pelo governo do Estado, em um pedido de envio imediato de imunizantes produzidos pelo Instituto Butantan ao Ministério da Saúde, na última sexta-feira (14). >
O pedido de exatas 152.787 doses de Coronavac para completar o esquema vacinal dos capixabas que estão há mais de 28 dias sem receber o reforço não leva em conta os lotes de imunizantes recebidos nesta semana pelo Espírito Santo. As duas remessas, entregues entre a madrugada e a manhã de sexta-feira (14), somam 65.200 doses da Coronavac. O Estado recebeu ainda outras 52.250 da Astrazeneca. >
O útimo dado sobre atrasos na segunda dose anunciado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no dia 6 de maio, indicava que 87 mil capixabas já haviam recebido a primeira dose e aguardavam há mais de 28 dias, prazo máximo indicado pelo fabricante, para receber a aplicação de reforço. >
O pedido de mais 152.787 doses de Coronavac está documentado na Resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) nº 067/2021, publicada na sexta-feira (14). Nesse mesmo dia, o Butantan anunciou a interrupção da produção de Coronavac por falta do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), principal matéria-prima do imunobiológico.>
>
"O Estado solicita ao Ministério da Saúde, de forma imediata, 152.787 doses da vacina Coronavac (Sinovac/Butantan) para completar o esquema de vacinação do público-alvo que já recebeu a D1 em um intervalo de 28 dias e está com o esquema de vacinação em aberto", diz nota enviada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).>
Na resolução, o Estado pondera que conseguiu dar agilidade à vacinação dos grupos prioritários devido às reservas técnicas e também à liberação, pelo Ministério da Saúde, para utilização dos estoques de segunda dose para uso como primeira aplicação. Essa decisão do então ministro Eduardo Pazuello ocorreu em março. >
No entanto, demora na entrega de novas remessas da Coronavac, devido à carência de matéria-prima, causaram a escassez de doses e, com isso, o atraso do esquema vacinal em todo o país. A orientação do Ministério da Saúde foi alterada em abril, já sob o comando do ministro Marcelo Queiroga. Com isso, Estados e municípios voltaram a realizar reserva de segunda dose com os lotes recebidos de Coronavac. >
O governo do Espírito Santo destacou que, antes da liberação do uso da segunda dose para imunizar mais pessoas com a primeira aplicação, o Estado havia adotado a estratégia de distribuir Coronavac sempre na terceira semana antes do prazo de intervalo de quatro semanas da vacina. A recomendação é de que as duas doses do composto sejam administradas entre 28 dias.>
Essa não é primeira solicitação de vacinas que a Sesa faz para acabar com a fila de espera dos capixabas. No dia 5 de maio, o governo estadual pediu 87.749 doses da vacina Coronavac de forma imediata para completar o esquema de vacinação das pessoas que já haviam ultrapassado o intervalo de 28 dias para aplicação do reforço.>
No entanto, "após essa data novos esquemas de vacinação completaram o intervalo recomendado de quatro semanas e, apesar do envio da vacina Coronavac até a pauta de distribuição 19 do Ministério da Saúde, ou seja, 21.400 doses para o Espírito Santo, o Estado ainda necessita de 152.787 doses da vacina Coronavac para atendimento do grupo prioritário que recebeu a primeira dose".>
Sobre as 65.200 doses da Coronavac enviadas na sexta-feira ao Estado, a Sesa informou que elas já foram distribuídas, e que ainda assim o Estado necessita das 152.787 doses do imunizante, que será destinado ao grupo que se encontra em período de 28 dias completados da primeira dose e aptas a completarem o esquema vacinal contra a Covid-19 com a aplicação da segunda dose. >
“A Sesa ressalta que esse valor é atualizado já com as doses que o Estado recebeu na última semana referentes às remessas da 19ª pauta de envio da Coronavac pelo Ministério da Saúde”, reforçou a secretaria, por meio de nota.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta