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ES começa a semana com 949 internados devido à Covid-19

ES começa a semana com 949 internados devido à Covid-19

Do número atual, 487 pessoas estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 462 em enfermarias. O total de pessoas internadas em UTIs é o maior desde 3 de agosto, quando havia 514 pessoas nesta situação

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 21:47

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Coronavírus
Do número atual, 487 pessoas estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 462 em enfermarias. (kjpargeter/Freepik)

O painel Covid-19, atualizado diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apresentou nesta segunda-feira (14) 949 pessoas internadas por complicações causadas pelo novo coronavírus no Estado. Na última segunda-feira (07), uma semana atrás, o número era de 836 pessoas internadas. Do número atual, 487 pessoas estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 462 em enfermarias. O total de pessoas internadas em UTIs é o maior desde 3 de agosto, quando havia 514 pessoas nesta situação. Além disso, o mês de dezembro já contabiliza 292 mortes pela doença e 23.123 testes positivos.

Em termos de leitos disponíveis, hoje (14) são 579 unidades de UTI destinadas à Covid-19, das quais 487 estão ocupadas. Já com relação aos leitos de enfermaria, estão disponíveis 609 unidades para pacientes com o novo coronavírus, mas 462 estão ocupadas. O número de leitos disponíveis tem levado em consideração a ampliação que vem sendo realizada pelo Governo do Estado, sendo que no dia 7 de dezembro havia 545 leitos disponíveis de enfermaria e 495 leitos de UTI para o tratamento da doença.

Em números percentuais, a ocupação de leitos de UTI nesta segunda (14) é de 84,11%. O indicador mais preocupante, porém, é a taxa de ocupação de leitos de UTI potenciais para tratamento de pessoas infectadas pelo coronavírus, que chegou a 68,11%.

Esse valor leva em conta o potencial que o Espírito Santo possui de adquirir ou preparar novos leitos para o atendimento de pacientes com a doença e é um dos principais indicadores para a elaboração do Mapa de Risco do Governo do Estado, que classifica os municípios em risco baixo, moderado ou alto de transmissão da Covid. Com a taxa de ocupação potencial de leitos de UTI acima de 50%, mais cidades podem ser classificadas em risco moderado - e até em risco alto.

O alto valor da taxa de ocupação potencial de leitos de UTI, somado ao aumento do número de casos de coronavírus e de mortes causadas pela doença, fez com que o último Mapa de Risco do Governo do Estado colocasse 48 municípios em risco moderado de transmissão do coronavírus, incluindo toda a Grande Vitória, seis em risco alto e outras 24 cidades estão classificadas em risco baixo.

PANORAMA DIÁRIO

O Espírito Santo registrou 38 mortes e 2.414 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas. Os dados são do Painel Covid-19, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), atualizado na tarde desta segunda-feira (14). Até o momento, o Estado contabiliza um total de 4.609 mortes pela doença e 215.538 casos confirmados.

O município de Vila Velha, com 30.739 registros, mantém o maior número de moradores infectados. Em seguida, estão Serra (com 27.338 casos), Vitória (26.228) e Cariacica (18.816).

Entre os bairros, Jardim Camburi, na Capital, também segue no topo do ranking, com 3.903 pessoas contaminadas, seguido pela Praia da Costa, em Vila Velha, com 3.468.

A quantidade de curados também subiu, chegando a 197.443. A taxa de letalidade da Covid-19 se mantém 2,1%, e 697.395 testes já foram realizados no Estado.

PICO É MAIOR DO QUE NA PRIMEIRA CURVA DE CASOS

Neste panorama, em que foi ultrapassada a marca de mais de 215 mil casos de pessoas infectadas pela Covid-19 até hoje (14), os dados da pandemia no Espírito Santo acendem um alerta para a população reforçar os cuidados de prevenção, especialmente neste período de festas de fim de ano que se inicia, segundo especialistas. Com este número, significa que cerca de 5% da população capixaba teve o contágio confirmado para a doença. O dado pode ser ainda maior, ao considerar os grupos que não foram testados ou são assintomáticos.

O Estado também ultrapassou o pico da primeira curva de casos, que havia ocorrido no final de junho e início do mês de julho. O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, detalhou que na semana epidemiológica que foi de 28 de junho a 4 de julho, foram registrados 9.035 casos, e 20 semanas depois, de 15 a 21 de novembro, foram 9.219 casos.

Projeções estatísticas apresentadas no início do mês apontam que até o final de dezembro outras 22 mil pessoas podem ser infectadas e 500 doentes devem perder a vida no Espírito Santo para a Covid-19. A estimativa de casos, feita pelo Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE), já considera as aglomerações ocorridas em novembro, nas comemorações do segundo turno das eleições municipais.

De acordo com dados do governo estadual, atualmente os jovens estão no grupo que mais se contamina e transmite coronavírus no Estado. Pessoas com idade média de 29 anos representam 60% dos infectados.

ES NÃO DEVE TER QUEDA DE CASOS NAS PRÓXIMAS SEMANAS

O Espírito Santo enfrentará uma fase de “grande risco social” nas próximas oito semanas. O alerta foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, que assinala que não haverá redução do número de mortes pela Covid-19 nas próximas oito semanas e que teremos que nos preparar para momentos muito difíceis.

Ele conclamou a população, na tarde desta segunda-feira (14) a fazer um pacto para conter o avanço da doença. O pedido é para evitar qualquer tipo de interação social.

"Em uma avaliação de cenário de continuidade de crescimento de casos, de internação e de óbitos, a previsão é de que não iremos ter uma redução do número de mortes pela Covid-19 em período inferior a oito semanas, o que nos obriga a preparar toda a rede de vigilância e atenção para um momento muito crítico e difícil que Espírito Santo, assim como o Brasil, irá viver”, destacou Nésio.

A preocupação é com as festas de final de ano, até mesmo as familiares ou em grupos de amigos e religiosos. Este tipo de interação pode levar a um contato maior entre as pessoas e por consequência a contaminação. Situações como a do último domingo (13), cujo sol forte fez lotar as praias do Estado.

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