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Covid-19: plano de expansão prevê 900 leitos de UTI até fevereiro no ES

Covid-19: plano de expansão prevê 900 leitos de UTI até fevereiro no ES

Ainda nesta semana, devem chegar ao Espírito Santo 160 ventiladores enviados pelo governo federal, o que colabora para a ampliação da rede de atendimento

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 19:39

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SUS recebe 1.424 novos leitos de UTI em todo o Brasil
Plano de expansão prevê ampliação da rede própria e contratação em unidades privadas e finaltrópicas. (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O governo do Espírito Santo pretende ampliar para 900 o número de leitos de terapia intensiva destinados aos pacientes com Covid-19 até fevereiro do ano que vem. Atualmente, o Estado conta com 579 leitos de UTI Covid, podendo expandir para 715 caso seja utilizada toda a capacidade dos hospitais próprios e conveniados.

“O Estado prevê até fevereiro alcançar a possibilidade de ter 900 leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19. As perspectivas é de que ampliemos mais leitos na rede própria e contrataremos na rede privada e filantrópica", disse o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em pronunciamento na tarde desta segunda-feira (14).

Segundo o painel Covid, do governo do Estado, nesta segunda-feira, 84,1% dos 579 leitos de terapia intensiva disponibilizados para os infectados com o novo coronavírus estão ocupados.

“A Covid gera uma doença com evolução muito rápida. Não tem uma característica que possa esperar um leito de cuidados avançados. Necessitamos ter uma rede pronta e preparada”, apontou o secretário.

O novo plano de expansão prevê que algumas cirurgias eletivas sejam suspensas, principalmente nas unidades que são referência no atendimento aos pacientes com Covid-19.

O Hospital Estadual de Urgência e Emergência (antigo São Lucas), por exemplo, deve começar a ser administrado pela Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes) na próxima semana, o que libera mais salas de cirurgia e leitos para pacientes que não estão com a doença e desafoga os demais serviços.

“Iremos ampliar capacidade do Estado de atender outras condições de saúde que não estão sendo mais atendidas em unidades que foram transferidas para atender pacientes com Covid", afirma Nésio.

O Estado trabalha ainda com a possibilidade de requisitar hospitais privados que não estão em funcionamento no momento, como é o caso da maternidade da Serra, que ainda não foi inaugurada. O local conta com 120 leitos, sendo 20 de cuidados intensivos.

Além disso, o secretário mencionou a possibilidade de ampliação de leitos no hospital Jayme Santos Neves, também na Serra, e em outras unidades particulares e filantrópicas.

“É uma grande operação de transformação, de ampliação de leitos que será organizada no Estado para que a gente consiga garantir o cumprimento de todas as fases definidas da estratégia Leitos para Todos na segunda etapa”, disse.

ES RECEBERÁ 160 RESPIRADORES

O governo federal vai auxiliar o Estado nesse esforço de ampliar a rede de assistência e tratamento da Covid-19. Nesta semana, devem chegar ao Espírito Santo 160 respiradores que permitirão equipar  novos leitos de cuidados avançados.

"Hoje foi confirmada a chegada de dez novos e os demais devem chegar nesta semana. Agradecemos a prontidão do Ministério da Saúde em atender rapidamente o governo do Estado em uma perspectiva de ação coordenada e conjunta para garantir expansão de novos leitos”, apontou.

Ele lembrou ainda que além de enfrentar a pandemia, o sistema de saúde do Espírito Santo sofrerá pressão no verão por conta das chuvas fortes (típicas dessa época do ano) e que costumam causar estragos, além das arboviroses, como dengue, chikungunya e zika.

ESTADO NÃO TERÁ HOSPITAIS DE CAMPANHA

Nésio esclareceu que, assim como não foi feito na primeira fase do plano estratégico de ampliação de leitos, para esse segundo momento de alta de casos também não está prevista a criação de hospitais de campanha.

“Nós conseguimos garantir leitos para todo cidadão que vive em solo capixaba e vamos repetir essa experiência na segunda expansão. No entanto, o leito hospitalar não salva todas as vidas. A garantia de acesso não representa salvar todas as vidas. É necessário que o conjunto da sociedade, que a nossa geração, estabeleça um gesto civilizatório no nosso comportamento nesse fim de ano”, ressaltou.

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