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É falso o alerta a usuários do Transcol sobre linhas que passam perto do Santa Rita

É falso o alerta a usuários do Transcol sobre linhas que passam perto do Santa Rita

Boato nas redes sociais associou casos de contaminação entre funcionários do hospital a riscos para passageiros do transporte público

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 09:27

Mensagem de alerta para usuários do Sistema Transcol
Mensagem de alerta para usuários do Sistema Transcol Crédito: Reprodução

É falso o alerta que circula entre usuários do Sistema Transcol sobre supostas recomendações para as linhas que passam nas imediações do Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória. O boato surgiu após casos de infecção registrados entre funcionários da unidade de saúde.

A Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou que não tem conhecimento dessas orientações. A mensagem falsa orientava passageiros a adotarem medidas obrigatórias de precaução, como “uso de máscara durante toda a viagem, lavar as mãos ao chegar em casa ou no trabalho e evitar contato desnecessário com superfícies dentro do ônibus”.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (27), a coordenadora de controle de infecção hospitalar do Santa Rita, Carolina Salume, reforçou que a doença não se espalhou pela região do hospital e permanece restrita a um setor de internação.

Carolina Salume garante que doença não se espalhou pela região onde fica a unidade e que não há evidência de transmissão de pessoa para pessoa

Segundo a direção do hospital, os casos começaram a ser relatados por funcionários do setor oncológico a partir do dia 19 de outubro, com sintomas semelhantes aos de uma pneumonia.

Não há nenhuma recomendação. Nenhum risco à população que esteja no entorno do hospital. É importante falar isso

Carolina Salume

Coordenadora de controle de infecção hospitalar

A coordenadora também relatou que funcionários que utilizam o transporte público perceberam que passageiros têm evitado se aproximar deles por medo de contágio.

“Não há evidência de transmissão de pessoa para pessoa. Todos os casos são de funcionários e acompanhantes que estiveram nesse setor. Não há nenhum risco em frequentar o hospital”, destacou a coordenadora.

O secretário estadual de Saúde, Tyago Hoffmann, explicou que a principal hipótese investigada é de origem ambiental, já que apenas profissionais que frequentaram o mesmo setor foram infectados.

“Todos esses profissionais foram para suas casas antes de saber que estavam infectados, estiveram com outras pessoas e não houve nenhum caso de familiar de profissional do hospital que tenha sido contaminado até o momento. Por isso, nossa principal hipótese de investigação é de causa ambiental. Ou seja, que pode ter sido contaminação de água, filtro de ar-condicionado e em especial de uma área frequentada pelos profissionais”, explicou Tyago Hoffmann.

Sesa emite nota técnica

Diante dos casos de infecção em funcionários do Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, a Sesa divulgou, no domingo (26), uma nota técnica estabelecendo como devem ser feitas as notificações, quais exames devem ser realizados e as medidas de prevenção e controle a serem adotadas, enquanto o agente causador das infecções ainda é desconhecido.

O documento indica que o surto começou a ser investigado após o aumento de casos de síndrome respiratória aguda identificado no dia 19 de outubro. A Sesa e a Secretaria Municipal de Saúde de Vitória realizam coletas de amostras biológicas e ambientais para análises laboratoriais no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen-ES), que incluem exames para vírus respiratórios, bactérias, fungos e até sequenciamento genético, com o objetivo de identificar o agente envolvido.

Casos confirmados

Por enquanto, 33 funcionários do Hospital Santa Rita foram diagnosticados com a infecção. Oito deles estão internados — três em Unidade de Terapia Intensiva. Outros 12 acompanhantes de pacientes também apresentaram sintomas semelhantes e seguem em investigação.

De acordo com a última atualização da Sesa, portanto, o quadro é o seguinte:

  • FUNCIONÁRIOS CONTAMINADOS: 33
  • Precisaram ser internados: 14
  • Seguem internados em UTI: 3
  • Seguem internados em enfermaria: 3

  • 12 ACOMPANHANTES EM INVESTIGAÇÃO
  • Internados em enfermaria: 12
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